Comandante celeste era cogitado para ocupar o cargo de treinador da seleção polonesa, mas recusou o convite por não querer abandonar o projeto celeste

Depois de muitas tratativas e negociações, a Federação Polonesa de Voleibol (PZPS) anunciou nesta quarta-feira (7) o novo técnico de sua seleção masculina. Trata-se do belga Vital Heynen, ex-treinador das seleções holandesas e alemã e que tem pouca experiência dirigindo seleções, mas com passagem vasta por clubes. Heynen vai substituir o italiano Fefe de Giorgi, que comandou a tradicional equipe europeia em apenas nove meses.

Se tem um torcedor que com certeza respira aliviado com essa notícia é o do Sada Cruzeiro. É que desde a preparação para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016, a PZPS tenta nos bastidores um contrato com o técnico Marcelo Mendez. O técnico celeste, contudo, não chegou a um acordo com a Polônia por não abrir mão do compromisso com o time de Contagem - tradicionalmente, a PZPS exige que seus treinadores se dediquem exclusivamente ao comando da seleção, sem estar a frente de nenhum clube.

Mas não é o caso de Heynen. Além de treinar o selecionado polonês, o belga vai estar a frente do Friedrichshafen, time da Alemanha.

Trabalho. Bronze no último Mundial com a Alemanha, Heynen chegou ano passado ao sétimo lugar da Liga das Nações (então Liga Mundial) e ao quarto lugar no Europeu, postos bem satisfatórios para o seu país. Mas não é só o currículo pouco conhecido de Heynen que será problema para o belga.

A Polônia vem em baixa desde 2014, quando conquistou o Mundial disputado em casa. Acumula campanhas ruins na Liga das Nações, no Europeu e foi eliminada em sets diretos pelos Estados Unidos na Rio 2016. As crescentes trocas de técnicos deixaram como resultado uma seleção que parece não ter a identidade de um país que vê o voleibol como um esporte de importância.