Comandante celeste não quis entrar no mérito da decisão da diretoria do Atlético, mas voltou a colocar-se a favor de uma consciência maior no que tange a valorização dos técnicos

Antes de comentar o desempenho do Cruzeiro na vitória sobre o Democrata por 2 a 0 , na noite dessa sexta-feira, em Governador Valadares, o técnico Mano Menezes foi uma espécie de porta-voz da Associação de Técnicos do Brasil em uma breve reflexão sobre o relacionamento da imprensa com os comandantes do país após a áspera discussão do técnico Oswaldo de Oliveira e o jornalista Léo Gomide na última quarta-feira, após o empate entre Atlético e Atlético Acreano por 1 a 1, em Rio Branco.

"A associação dos técnicos do Brasil e seus filiados estão ao lado do Oswaldo. Não estamos aqui para proteger erro e nem nada. É repensar a nossa relação do dia, caminhamos de forma paralela, mas em um episódio como esse passa do limite para todos os envolvidos. A gente deve parar um pouco para pensar naquilo que estamos fazendo, olhar para dentro da gente. E depois do que aconteceu, agora é saber dos passos que temos que dar na sequência, depois desse episódio ou não", pronunciou-se o técnico.

Mano foi questionado sobre a demissão do companheiro. O comandante celeste não quis entrar no mérito da decisão da diretoria do Atlético, mas voltou a colocar-se a favor de uma consciência maior no que tange a valorização dos técnicos e ao círculo vicioso de demissões que tomou conta do Brasil.

"A questão da demissão pertence ao Atlético, nós não devemos nos envolver nisso. Sobre pensamento do futebol, vocês sabem da minha opinião, existe um exagero há bastante tempo, não temos tido sequência de quase nenhum trabalho. Por isso, não conseguimos avançar no processo de evolução do futebol brasileiro, deixamos de evoluir. É uma pausa perigosa na busca dessa evolução que estamos procurando há muito tempo", encerrou Mano.