No total, o Atlético lucrou R$ 35,7 milhões com as negociações do "Urso", cifras que fazem dele o segundo atleta mais valioso da história alvinegra

Não foi somente o São Paulo que saiu lucrando na venda do atacante Lucas Pratto para o River Plate, da Argentina, por 11,5 milhões de euros (cerca de R$ 44,6 milhões). Dono de 45% dos direitos econômicos do “Urso”, o Atlético ficará com 5,2 milhões de euros da negociação, o que deverá render aos cofres do clube alvinegro cerca de R$ 20 milhões.

No início do ano passado, o Tricolor paulista pagou cerca 6,2 milhões de euros (cerca de R$ 20,7 milhões, na cotação da época) para adquirir 50% dos direitos econômicos do “Urso”. O Galo ficou com outros 45%, enquanto uma rede de supermercados pegou os 5% restantes.

Desse lucro de cerca de R$ 20 milhões, R$ 5 milhões ficarão com o Banco BMG. O investidor tem 25% da quantia, já que ajudou o Atlético na época da contratação de Lucas Pratto quando estava no futebol argentino.

Assim, os cerca de R$ 35,7 milhões que o Atlético recebeu nas duas negociações fazem de Lucas Pratto o segundo jogador que mais encheu os cofres do Galo na história. Antes, o posto era ocupado por Jemerson, que rendeu R$ 28 milhões para o clube alvinegro ao ir para o Monaco, em janeiro de 2016. À época, o atleta foi vendido por 10 milhões de euros (cerca de 44 milhões, na cotação do período), mas o Atlético detinha 60% dos seus direitos econômicos.

A liderança no ranking é ocupada por Bernard. Os 25 milhões de euros (R$ 77 milhões, na cotação da época) pagos pelo Shakhtar Donetsk, da Ucrânia, fazem do meia-atacante a maior negociação da história do Galo.

As maiores negociações da história do Galo (em R$ milhões)

1 – Bernard - 77 (Shakhtar Donetsk, em 2013)
2 – Lucas Pratto – 35,7 (São Paulo, em 2017)
3 – Jemerson – 26,5 (Monaco, em 2016)
4 – Douglas Santos – 18 (Hamburgo, em 2016)
5 – Gilberto Silva – 14 (Arsenal, em 2002)

Adeus ao Tricolor

Apesar de perder a qualidade técnica do atacante, que dificilmente será suprida à altura, o São Paulo também comemorou a negociação não somente por conseguir reaver parte do seu investimento. Isso porque o clube paulista se comprometeu a adquirir durante os três anos seguintes à contratação uma porcentagem de 15% do atleta, por 1,5 milhão de euros, o que totalizaria 95% dos direitos econômicos do argentino ao final do acordo.

Pelo São Paulo, Pratto fez 48 jogos e balançou as redes em 14 oportunidades, o que deu a média de 0,29 gol por jogo. No Galo, foram 42 gols em 107 partidas, que lhe renderam uma média de 0,39 gol por embate, um pouco superior à registrada no Tricolor paulista.

Pratto quis voltar para a Argentina por ainda sonhar com uma convocação para a Copa do Mundo que será disputada na Rússia a partir de junho deste ano. Esse, por sinal, foi o motivo alegado para deixar o Galo, em fevereiro de 2017.