O tanque de combustível de Ricardo Oliveira está longe da reserva. Pelo contrário, a locomoção parece ainda mais leve, fatal. Depois de um 2017 de poucos gols, jejum preocupante em 2018, o camisa 9 é o artilheiro do Brasil, do Campeonato Mineiro e da Copa Libertadores. Isso tudo só com cinco jogos atuados.
Com menos de três meses faltando para o 39º aniversário, o pastor alvinegro soma 9 gols marcados em 408 minutos em campo na temporada.
Em média, é como se ele balançasse a rede adversária a cada 45 minutos. Início de temporada arrasador também para quebrar recordes. Com quatro gols na Libertadores - “dobletes” nos compromissos de ida e volta contra o Danubio – Ricardo tirou Zico, Pelé e Robinho do caminho. É, agora, o maior artilheiro brasileiro da Libertadores ainda em atividade, com 18 gols.
Falta apenas um para ele deixar para trás outra figura do Atlético – Guilherme Alves, que marcou 19 gols na competição, sendo 10 só em 2000 pelo Galo.
“Sem sombra de dúvidas. Esse é um dos principais objetivos – fazer marcas históricas para deixar um legado bacana. E que essas marcas individuais venham com o sucesso coletivo”, afirmou Ricardo Oliveira, após marcar o primeiro gol de pênalti pelo Galo – o batedor oficial é Fábio Santos, e anotar, minutos depois, o 378º gol da carreira iniciada em 2000.
Ricardo soma 9 gols em 2019, em apenas cinco jogos. Mesmo número de tentos que o tornou artilheiro da Libertadores em 2003, pelo Santos, quando também foi vice-campeão.
“O aproveitamento está ótimo, o segredo é trabalhar bastante, com muita disciplina e dedicação. Essa profissão é maravilhosa. Quero desfrutar muito disso aqui. Fico feliz que os gols estejam contribuindo para a vitória da equipe e o crescimento coletivo”, completou o jogador.
Voando
Veterano, segundo jogador mais velho do elenco, Ricardo Oliveira é exemplo de dedicação e vitória sobre o tempo. Na quarta, em dia de folga para os titulares, ele esteve presente na Cidade do Galo.
Em entrevista ao SporTV, o fisiologista do clube mineiro, Roberto Chiari, revelou que o camisa 9 consegue atingir a velocidade de 30km/h em vários momentos das partidas. O gol de pênalti no Danubio se originou de uma arrancada do próprio campo.
“É um jogador de grande força muscular e explosiva. Atinge uma velocidade bem elevada. Ricardo é um exemplo pra gente. Exemplo de dedicação e está colhendo frutos”, pontuou.