Antonio González é acusado de “tráfico de pessoas” e “exploração sexual”
O Ministério Público do Paraguai pediu a prisão de Antonio González, presidente do Rubio Ñu de Luque, clube que disputa torneios semi-profissionais do país. Envolvido em um escândalo sexual após assumir romance com um jogador do time, o dirigente é acusado de “tráfico de pessoas” e “exploração sexual”.
"Continuar investigando com ele em liberdade pode ser prejudicial para as vítimas e para a própria investigação", afirmou a promotora do Departamento de Tráfico de Pessoas, Teresa Martinez, confirmando o pedido de prisão em entrevista à rádio AM 780 do Paraguai.
De acordo com a imprensa sul-americana, como por exemplo o jornal argentino “Clarín”, a polêmica veio à tona após o jogador Bernardo Gabriel Caballero publicar na web uma foto na qual ele aparece deitado em uma cama ao lado de Antonio González. O atleta revelou ainda que "outros jogadores tinham relações (sexuais) com ele”.
Um desses outros jogadores que foram “vítimas” do dirigente do Rubio Ñu foi Fermín Morinigo, de 19 anos. Ele denunciou González por assédio sexual. O advogado do atleta, Reinaldo Acosta, contou ainda que "não foi apenas o assédio, houve também abuso físico ao se recusar a ser submetido".
Antonio González é um “velho conhecido” da Justiça. No último dia 9 de fevereiro, a juíza Ynsfrán Morán determinou uma busca aos escritórios do clube. Os investigadores apreenderam conteúdo pornográfico, balas de armas de fogo e ainda descobriram quatro jogadores morando em condições precárias nas dependências do time.