Equipe celeste, que venceu adversário da final da Superliga nos quatro jogos feitos até aqui, sabe que precisa fazer bem sua partida para não deixar hexa escapar

A trajetória do Sada Cruzeiro rumo a tantas conquistas seguidas deixou o time 'calejado' sobre o que é necessário para seguir vencendo tudo que aparece no seu caminho. Um dos segredos que costuma fazer a diferença é firmar bem os pés no chão para saber que nada está decidido até a última bola cair no chão. Na final da Superliga Masculina, o time do técnico Marcelo Mendez saiu na frente no primeiro jogo contra o Sesi-SP e pode conquistar o hexacampeonato no domingo, às 9h10, no ginásio do Mineirinho, quando terá boa parte da torcida ao seu lado.

Na atual temporada, o Sada venceu o Sesi-SP nos quatro compromissos realizados até aqui, três pela Superliga e um pela final da Copa Brasil. Estar invicto não dá ao elenco celeste a certeza de um novo título, até pela qualidade do adversário que conta com quatro campeões olímpicos. Ao time mineiro, basta uma vitória por qualquer placar para confirmar mais um caneco. Ao Sesi-SP, será necessário vencer para forçar o golden set. Mesmo com o oponente tendo um caminho mais longo rumo ao título, o Cruzeiro adota postura precavida para ter a certeza de que precisa fazer bem a sua parte para não ser surpreendido.

"Está tudo muito em aberto ainda, temos o confronto entre dois times muito bons. Precisamos jogar bem e pensar no jogo seguinte. Se uma vitória deles acontecer, ainda temos o golden set", lembra o técnico Marcelo Mendez.

Para um caneco sem grandes emoções, os cruzeirenses querem ir bem para vencer no 'tempo normal', sem a necessidade de um set em que tudo pode acontecer. "A invenciblidade não nos garante nada. Demos um primeiro passo e teremos o Mineirinho lotado, cheio de energia, para nos ajudar a conquistar mais um título. De preferência, sem golden set", alerta o ponta Filipe.

Sempre favorito

O experiente líbero Serginho reconhece o peso do favoritismo que o Cruzeiro carrega cada vez que entra em quadra. Por mais que seja benéfico, em muitos momentos, estar na frente nas casas de apostas, ele também indica que carregar esta pressão costuma aumentar a responsabilidade de quem está do lado azul da quadra. "O bom mesmo, em situações como esta, é ser franco atirador, jogar tranquilo e sem peso. Acho até que o Sesi não está tão solto assim, pelo alto investimento que fez. Mas, para boa parte do grande público e até para alguns jogadores deles, nós somos os favoritos. Não encaramos assim, mesmo com muitos nos vendo desta forma. Este status não ajuda em nada, só nos pressiona ainda mais. Estamos sempre precisando mostrar para que viemos", afirma.

O jogador alerta para a necessidade do conjunto do Sada Cruzeiro corresponder, principalmente nos momentos decisivos. "O vôlei é um esporte muito coletivo. Se um desafinar, a banda não toca. O coletivo é nosso ponto mais forte, não dá para pensar em peças individuais. No primeiro jogo, nosso oposto e levantador reserva foram bem e nos ajudaram", lembra o defensor.