Diante do Cruzeiro, uma responsabilidade já habitual para o camisa 6. Precisa salvar o Atlético de um resultado ruim no papel de cobrador oficial de pênal-tis do time. Diante do xará goleiro, Fábio Santos empatou o clássico ao chutar rasteiro, no meio. Local inédito de um total de 11 cobranças e 10 acertos para o lateral-esquerdo.
Hoje, o Atlético volta a campo diante da URT, no Independência (21h30), pela quarta rodada do Estadual. O time de Patos foi uma das duas vítimas que Fábio Santos fez fora da marca da cal - a outra foi o América. São 12 gols e 145 jogos pelo Galo, que tem tudo para superar o Corinthians na história do “carequinha”, tanto em número de jogos (fez 214 no Timão, 68 a menos), quanto em gols marcados (anotou 14 pelo time paulista).
O único erro do “imprevisível” Fábio Santos no Atlético foi perante o Fluminense, quando o Galo perdeu por 1 a 0 no Engenhão e o lateral acertou a trave na cobrança de pênalti. Dos 10 chutes certos, ele só repetiu a cobrança por duas vezes, ao optar pelo chute rasteiro no canto direito contra São Paulo e Chapecoense, e no canto esquerdo, diante de Flamengo e Corinthians.
Sem padrão de cobrança no momento crucial, Fábio surgiu como o batedor oficial justamente depois de erros sucessivos do ataque alvinegro em 2017, a começar por Fred, curiosamente, autor do gol de pênalti do Cruzeiro no último domingo.
Aos 33 anos, com contrato até o fim de 2020, o jogador é um dos líderes do elenco, juntamente com os veteranos Victor, Léo Silva e Ricardo Oliveira. Passou 2018 criticado por não dar assistências (foi apenas um passe para gol).
Mas a segurança na parte defensiva, e também quando está a 11 metros dos goleiros adversários, fazem dele um elemento quase “intocável” para os treinadores. Chegou sob o comando de Marcelo Oliveira, passou por Roger Machado, Rogério Micale, Oswaldo de Oliveira, Thiago Larghi e agora Levir.
Quando acertou um pênalti, Fábio nunca viu o Atlético perder. Mais do que isso, seus gols influenciaram diretamente na conquista de 13 pontos, sendo que foram 9 gols pelo Campeonato Brasileiro e o primeiro no Mineiro diante da Raposa (num saldo positivo de 12 pontos, considerando o erro na derrota contra o Fluminense).
BAIXA CONCORRÊNCIA
Ao contrário da lateral direita do Atlético, Fábio Santos vive uma situação tranquila na briga pela titularidade. Desde que foi contratado para substituir o jovem Douglas Santos, em 2016, jamais deixou de ser titular. Hoje, seu reserva imediato é o jovem Hulk, mas Patric joga improvisado também na posição.
Patric, inclusive, vem jogando no lado direito enquanto Emerson não volta do Sul-Americano Sub-20, isso se voltar. A tendência, mesmo que Emerson seja negociado, é que Patric vire reserva de Guga, trazido por R$ 8 milhões e visto como sucessor natural de Emerson, tanto no talento, quanto na capacidade de render altas cifras numa futura venda.