Chefia da Fórmula 1 vai enviar ao Rio de Janeiro a diretora global da categoria
A disputa entre Rio de Janeiro e São Paulo para receber o GP do Brasil de Fórmula 1 está em aberto. Apesar de os paulistas terem a favor fatores como o contrato em vigor para sediar a prova pelo menos até 2020, a capital fluminense desponta com força no cenário para ser a sede da corrida no ano seguinte, ao ter o projeto liderado pelo apoio do presidente Jair Bolsonaro e pelo próprio interesse do comando da categoria.
Na próxima semana, a chefia da Fórmula 1 vai enviar ao Rio de Janeiro a diretora global da categoria para promoção e negócios, Chloe Targett-Adams, conhecida nos bastidores como uma diplomata da F-1. Na agenda dela estão encontros com representantes do poder público e com os idealizadores do projeto do novo autódromo em Deodoro, que seria erguido ao custo aproximado de R$ 700 milhões.
A Fórmula 1 foi procurada pela reportagem, mas disse que não comentaria o assunto. Porém, o Estadoapurou que o comando da categoria quer manter a realização do GP em São Paulo até 2020, como prevê o contrato assinado com a prefeitura em 2014. Os novos donos da F-1, o grupo Liberty, têm interesse especial em continuar com o Brasil no calendário, principalmente por razões estratégicas.
O País é quem dá à Fórmula 1 a maior audiência nas transmissões de TV no mundo, além de representar um mercado importante na América do Sul para os patrocinadores da competição. Os dirigentes responsáveis pela categoria estão em busca de novas cidades interessadas em sediar GPs e consideram o Rio como a melhor opção para integrar o calendário em 2021, como substituição a São Paulo.
A candidatura carioca ganhou força na última quarta-feira, quando Bolsonaro assinou em evento no Rio um termo de compromisso para construção de um novo autódromo e afirmou que a corrida em 2020 já seria na capital fluminense. "A Fórmula 1 do ano que vem será realizada no Brasil e, no caso, no Rio de Janeiro. São milhares de empregos, o setor hoteleiro feliz com toda certeza. Serão 7 mil empregos diretos e indiretos", disse o presidente.
Porém, a informação de que GP do Brasil de 2020 será no Rio é rebatida nos bastidores. A Fórmula 1 reitera ter contrato até o próximo ano com Interlagos. A empresa promotora da corrida, a Interpub, explica que a categoria nunca cancelou acordos firmados para realização de provas e mesmo se decidisse pelo rompimento, teria de pagar uma multa. O valor não foi revelado.
A prefeitura e o governo de São Paulo também discordam que exista risco de o GP do Brasil de Fórmula 1 ser no Rio em 2020 e emitiram notas oficiais para afirmar que estão em andamento as negociações para renovar contrato. Nesta quinta-feira, em entrevista à rádio Bandeirantes, o governador paulista, João Doria, disse acreditar que Bolsonaro mencionou que a corrida será no Rio no próximo ano ao ser movido pelo entusiasmo.
"Gostaria de deixar registrado que a Fórmula 1 tem contrato com a prefeitura de São Paulo até dezembro de 2020, então não procede a informação que em 2020 a Fórmula 1 vai mudar para o Rio de Janeiro", afirmou Doria. O governador considerou ser improvável a transferência para o Rio no próximo ano, principalmente por São Paulo contar com uma infraestrutura completa, enquanto o terreno para o possível autódromo carioca é, segundo ele, "um descampado".
Doria contou que o governo estadual e a prefeitura querem estender o contrato de São Paulo com a Fórmula 1 até 2030. O plano de desestatizar Interlagos continua, mas agora com um novo formato. Segundo Doria, o autódromo não será mais privatizado, mas sim concessionado por prazo determinado, o que poderia agilizar o processo e facilitar a aprovação da pauta na Câmara dos Vereadores.
IMPACTO FINANCEIRO - A disputa entre Rio e São Paulo para sediar a Fórmula 1 residente principalmente no impacto econômico para sediar o evento. A prefeitura carioca divulgou nota em que estima um impacto de R$ 625 milhões por ano pela realização no GP, principalmente pelo movimento turístico e pela movimentação de patrocinadores.
Em São Paulo, os números do GP de 2018 apresentados pela Secretaria Municipal de Turismo mostram que durante o fim de semana da prova, em novembro, o impacto no turismo foi de R$ 334 milhões, 19,2% superior ao registrado no ano anterior.
Na próxima semana, a chefia da Fórmula 1 vai enviar ao Rio de Janeiro a diretora global da categoria para promoção e negócios, Chloe Targett-Adams, conhecida nos bastidores como uma diplomata da F-1. Na agenda dela estão encontros com representantes do poder público e com os idealizadores do projeto do novo autódromo em Deodoro, que seria erguido ao custo aproximado de R$ 700 milhões.
A Fórmula 1 foi procurada pela reportagem, mas disse que não comentaria o assunto. Porém, o Estadoapurou que o comando da categoria quer manter a realização do GP em São Paulo até 2020, como prevê o contrato assinado com a prefeitura em 2014. Os novos donos da F-1, o grupo Liberty, têm interesse especial em continuar com o Brasil no calendário, principalmente por razões estratégicas.
O País é quem dá à Fórmula 1 a maior audiência nas transmissões de TV no mundo, além de representar um mercado importante na América do Sul para os patrocinadores da competição. Os dirigentes responsáveis pela categoria estão em busca de novas cidades interessadas em sediar GPs e consideram o Rio como a melhor opção para integrar o calendário em 2021, como substituição a São Paulo.
A candidatura carioca ganhou força na última quarta-feira, quando Bolsonaro assinou em evento no Rio um termo de compromisso para construção de um novo autódromo e afirmou que a corrida em 2020 já seria na capital fluminense. "A Fórmula 1 do ano que vem será realizada no Brasil e, no caso, no Rio de Janeiro. São milhares de empregos, o setor hoteleiro feliz com toda certeza. Serão 7 mil empregos diretos e indiretos", disse o presidente.
Porém, a informação de que GP do Brasil de 2020 será no Rio é rebatida nos bastidores. A Fórmula 1 reitera ter contrato até o próximo ano com Interlagos. A empresa promotora da corrida, a Interpub, explica que a categoria nunca cancelou acordos firmados para realização de provas e mesmo se decidisse pelo rompimento, teria de pagar uma multa. O valor não foi revelado.
A prefeitura e o governo de São Paulo também discordam que exista risco de o GP do Brasil de Fórmula 1 ser no Rio em 2020 e emitiram notas oficiais para afirmar que estão em andamento as negociações para renovar contrato. Nesta quinta-feira, em entrevista à rádio Bandeirantes, o governador paulista, João Doria, disse acreditar que Bolsonaro mencionou que a corrida será no Rio no próximo ano ao ser movido pelo entusiasmo.
"Gostaria de deixar registrado que a Fórmula 1 tem contrato com a prefeitura de São Paulo até dezembro de 2020, então não procede a informação que em 2020 a Fórmula 1 vai mudar para o Rio de Janeiro", afirmou Doria. O governador considerou ser improvável a transferência para o Rio no próximo ano, principalmente por São Paulo contar com uma infraestrutura completa, enquanto o terreno para o possível autódromo carioca é, segundo ele, "um descampado".
Doria contou que o governo estadual e a prefeitura querem estender o contrato de São Paulo com a Fórmula 1 até 2030. O plano de desestatizar Interlagos continua, mas agora com um novo formato. Segundo Doria, o autódromo não será mais privatizado, mas sim concessionado por prazo determinado, o que poderia agilizar o processo e facilitar a aprovação da pauta na Câmara dos Vereadores.
IMPACTO FINANCEIRO - A disputa entre Rio e São Paulo para sediar a Fórmula 1 residente principalmente no impacto econômico para sediar o evento. A prefeitura carioca divulgou nota em que estima um impacto de R$ 625 milhões por ano pela realização no GP, principalmente pelo movimento turístico e pela movimentação de patrocinadores.
Em São Paulo, os números do GP de 2018 apresentados pela Secretaria Municipal de Turismo mostram que durante o fim de semana da prova, em novembro, o impacto no turismo foi de R$ 334 milhões, 19,2% superior ao registrado no ano anterior.