E justifica silêncio após clássico no Horto
Marcelo Djian fez pronunciamento na manhã deste domingo, na Toca II
Ainda durante o breve pronunciamento, Djian explicou o motivo de o Cruzeiro deixar o Independência rapidamente, antes mesmo da tradicional entrevista coletiva do técnico Mano Menezes pós-jogo. De acordo com o diretor, a equipe de segurança do clube detectou que um dos torcedores do Atlético que provocaram a cúpula celeste durante o jogo, nos camarotes, havia sido condenado pela morte de um conselheiro celeste no passado. Ele não deu mais detalhes do caso. Leia abaixo o pronunciamento na íntegra.
“Falando sobre os clássicos, tanto Cruzeiro como Atlético não têm conduzido bem a organização desses clássicos. Ontem (sábado) a divulgação foi muito grande porque fomos mudados de camarotes do que sempre ficamos. Para nossa surpresa, existia um camarote que era o último e nos dois próximos estavam divididos entre comissão técnica, diretoria e presidência. Quando fizemos uma inversão desses dois camarotes, logo chegaram mais torcedores de organizadas que já existiam no primeiro camarote e ficamos cercados. Ficaram insultando, nos atrapalharam de ver o jogo e fizeram isso o jogo todo. No intervalo, tivemos a necessidade de pedir a intervenção da PM. Alguns jornalistas fizeram imagens, porque os torcedores realmente estavam bem nervosos. O fato de a gente não dar entrevista é porque nosso corpo de segurança detectou que um torcedor havia sido condenado pela morte de um conselheiro do Cruzeiro. Essa atitude atingiu o fundo do poço na relação entre Cruzeiro e Atlético. Isso, na presidência, conversamos. Cruzeiro e Atlético é muito maior que isso, e algo tem que ser diferente para os próximos jogos”
Ainda no sábado, o clube celeste havia divulgado nota em que repudiava o tratamento recebido “por parte do adversário, que em atitude covarde de seu presidente colocou o staff e a diretoria do Cruzeiro em camarotes ao lado de lutadores de uma torcida organizada”. Ainda no intervalo da partida, vencida pelo Atlético por 1 a 0, os diretores da Raposa acionaram a Polícia Militar. “Não fosse a intervenção da Polícia Militar, haveria ocorrido uma tragédia hoje no estádio Independência", dizia a nota divulgada após a partida.
Como reforçou Djian, o camarote reservado pelo Atlético para a delegação do Cruzeiro foi diferente daquele que costuma ser utilizado pelos diretores celestes em clássicos no Independência. Em nota, o Atlético afirmou que “atendeu todas as solicitações do clube visitante, seja nos camarotes destinados à sua diretoria e convidados, seja na segurança reservada a eles”. Disse ainda que reputavam “as reclamações do rival como um mero choro de perdedor”.