Contrato do atacante com o Shandong Luneng, da China, termina em breve
O grande sonho de consumo do torcedor do Atlético para a temporada 2019 tem nome e sobrenome: Diego Tardelli. O atacante, que defende o Shandong Luneng, da China, tem contrato com o clube asiático até o início do próximo ano e seria o grande investimento para a disputa da Copa Libertadores, caso o Galo se classifique para a competição continental. Esse é o desejo da diretoria alvinegra, que avalia com bons olhos um possível retorno do ídolo atleticano.
A situação, no momento, é complicada. Tardelli tem um salário fora dos padrões do futebol brasileiro. Na China, outros três clubes estão interessados na contratação do jogador. Caso o desejo do atacante seja voltar ao Brasil, a diretoria alvinegra diz que não medirá esforços para ter o ídolo no grupo em 2019.
“Seria uma grande honra trabalhar com ele, eu gostaria muito que ele viesse, nós faremos o possível e o impossível para trazê-lo. A gente conversou com o representante dele antes de surgir qualquer possibilidade. O contrato está acabando, mas ele tem três opções na China para fazer novos contratos. É claro que ele pensa no Atlético, como a gente pensa nele”, disse Alexandre Gallo, diretor de futebol do Atlético, ao Superesportes.
Gallo afirmou que Diego Tardelli e seu agente estão cientes do interesse do Atlético. O dirigente reconhece que as chances de retorno do atacante ao Brasil são baixas no momento. No entanto, ele acredita que o Alvinegro é o primeiro time da lista.
“Deixei claro para o agente: ‘Caso esses três não dê certo, eu sou o primeiro da lista’. Nós vamos fazer de tudo para tê-lo, é importante que a torcida saiba disso. Em junho eu conversei com o representante dele, porque sabia da possibilidade. Mas infelizmente a gente não tem a força que a China tem. Eu acredito que ele ficará lá. Caso não fique, já deixei claro que o Atlético é o número 1 na fila e estará de portas abertas”.
Alexandre Gallo acredita que não necessariamente terá que fazer uma ‘loucura financeira’ para contratar Diego Tardelli em 2019. O dirigente, no entanto, pondera e afirma que o desejo do atacante pode ajudar em uma possível negociação.
“Acho que conta a participação que ele teve aqui. É muito difícil um atleta cavar uma situação de ser ídolo como ele é, querido pela torcida, do clube entender a sua maneira de agir, de ele entender o funcionamento do clube. Acho que isso vale muito para um atleta. Depois de tanto tempo na China, acho que ele vai estar realizado financeiramente. Não sou o representante do atleta, mas acredito que o Atlético é a porta número 1 para ele no retorno ao Brasil”, concluiu.
Diego Tardelli é um dos grandes ídolos recentes da história do Atlético. No total, 110 gols com a camisa alvinegra, sendo que 42 marcados somente na primeira temporada, em 2009, quando se tornou artilheiro máximo do Brasil. Em 2010, o rendimento caiu, mas balançou as redes 25 vezes e conquistou o primeiro título, o Campeonato Mineiro.
Em 2011, a primeira saída do clube. O atacante, que chegou ao Atlético em uma negociação que envolveu cerca de R$ 2 milhões, foi vendido ao Anzhi, da Rússia, por 5 milhões de euros (aproximadamente R$ 11,5 milhões, na época). No ano seguinte, Tardelli, sem se adaptar ao Leste Europeu, tentou voltar para o Galo, mas se transferiu para o Al Gharafa, do Catar.
O reencontro com o Atlético ficou para 2013, sendo recepcionado por centenas de torcedores no aeroporto de Confins. Retornou como principal contratação para a Copa Libertadores. Ao lado de Victor, Réver, Leonardo Silva, Ronaldinho, Bernard, Jô e companhia, levou o Alvinegro a erguer o troféu.
Foi ainda campeão mineiro (2013), da Recopa Sul-Americana (2014) e da Copa do Brasil (2014). Entre as premiações individuais, foi eleito melhor atacante dos Brasileiros de 2009 e 2014.