Após empate emocionante e com participação importante do VAR, por 2 a 2, time estrelado levou a melhor nas decisões de pênaltis por 3 a 1
O dia 5 de junho representou o dia do basta para a Raposa. Com o Mineirão em ebulição, a Raposa batalhou, mostrou raça e mesmo saindo atrás no placar, viu Thiago Neves fazer valer a lei do ex para derrubar o Fluminense de Fernando Diniz. Depois do empate por 2 a 2 no tempo normal, a vitória só veio nos pênaltis, coroando a experiência de um time que fez da Copa do Brasil seu território, premiando a eficiência de Fábio nos pênaltis e a frieza do 10 celeste, que fez os dois gols da Raposa e ainda converteu o pênalti que classificou o time celeste. Um recital.
O modo "mata-mata" foi ligado no Cruzeiro. Pode não ter sido a partida mais inspiradora, mas o Cruzeiro prevaleceu na base da insistência. Uma classificação às quartas que faz o time e a torcida respirarem após dias de turbulência. O fim da pior sequência de Mano Menezes, que após seis jogos voltou a comandar seu time a uma vitória.
VAR, não VAR e gol de Ganso
Aos 9 min do 1ºT, Dedé foi bastante displicente dentro da área em disputa com Brenner. O árbitro Rafael Traci reviu o lance com o auxílio do VAR e marcou a infração. Na primeira batida de Ganso, Fábio defendeu a no rebote Luciano empurra para as redes. O juiz assinalou invasão e mandou voltar a cobrança. Na segunda, Ganso não perdoou e cinco minutos depois, aos 14, mandou para as redes.
Com Fred não tem lei do ex
O camisa 9 do Cruzeiro fez hoje seu sexto jogo contra o Fluminense desde que deixou o clube em 2016 e segue sem balançar as redes contra o ex-time. Para piorar, deixou a partida dessa quarta-feira ainda no primeiro tempo, danod lugar a Sassá. As vaias da torcida foram imediatas, enquanto o torcedor do Flu exaltava seu nome. Ele completou o nono jogo de jejum pelo Cruzeiro. Seu último gol foi contra o Deportivo Lara, uma vitória por 2 a 0 ainda na fase de grupos da Libertadores.
É muita pilha
O Cruzeiro só começou a espetar mais o Fluminense depois que se viu em condição desfavorável. Mas era tanta pilha, tanto afobamento, que o time não conseguia criar e ainda era ineficiente na transição. Nitidamente nervoso em campo, o Cruzeiro caía em suas próprias deficiências na primeira etapa.
O recital do 10
O segundo tempo era o tudo ou nada para o Cruzeiro. A equipe seguiu em sua afobação, mas aumentou a intensidade para cima do Fluminense. A pressão, em algum momento, poderia beneficiar o time de Mano e o alívio veio com Thiago Neves. Pela terceira partida seguida, o camisa 10 foi às redes, todos os jogos em que o Cruzeiro saiu atrás no placar. O gol dessa vez saiu aos 10 min do 2ºT. Cabral escorou para a pequena área após cabeceio de Dedé e Thiago Neves surgiu para marcar de peixinho. Se Fred não fez valer a lei do ex, o camisa 10 não só reestabeleceu a ordem, como compôs um recital no Mineirão.
Aplicou caneta em Ganso, fez lançamento para Pedro Rocha, que sofreu pênalti e Sassá perdeu. Mas voltaria à cena em outro pênalti. Romero foi derrubado dentro da área, o VAR foi chamado por Traci e novamente a marca da cal foi apontada. O camisa 10 dessa vez colocou a bola debaixo do braço e ele mesmo partiu para a cobrança. Frente a frente com Agenor não teve perdão. O quarto gol em três partidas, o quinto na temporada.
O moleque é diferente
Partida na prorrogação. Cruzeiro à frente. O Fluminense, mesmo atrás, não abdicou do seu jogo. Toque de bola, busca pelo espaço. Fábio protagonizou ao menos dois milagres, mas na terceira não foi páreo para João Pedro. O moleque de Xerém é diferenciado. Frieza absoluta para emendar uma bicicleta, aos 51 min da etapa final, e silenciar o Mineirão. A decisão foi para os pênaltis.
Nas mãos de Fábio e nos pés, sabe de quem...
Lucas Silva perdeu, Ganso também, Romero não fugiu à rotina, metendo a bola exatamente onde o 10 do Flu mandou: no travessão. Caio Henrique abriu a contagem na disputa, e Pedro Rocha igualou. Mas Fábio mostrou porque é um exímio cobrador de pênaltis, defendendo o chute justamente do garoto João Pedro, que o havia vencido no último minuto. Sassá, que errou no tempo normal, dessa vez não perdoou e o Cruzeiro passou à frente. Gilberto carimbou a trave e sobrou a responsa para ele, Thiago Neves, fechar o caixão do Flu. 3 a 1 e o desfecho pefeito para noite do 10. O Cruzeiro está na quartas da Copa do Brasil.