A vitória por 2 a 1 sobre a Inglaterra nesta quarta-feira (11) coloca a Croácia na história das Copas de várias formas. Além da presença inédita na final do Mundial, a seleção dos Bálcãs se torna a primeira desde 1934 a sobreviver a três prorrogações em uma única edição.
Em 21 edições de Copa do Mundo, a Croácia foi a segunda seleção obrigada a encarar três prorrogações seguidas: a Inglaterra tinha sido a única, em 1990. A Bélgica de 1986 e a Argentina de 2014 também jogaram três, mas não de forma seguida. De todas as equipes citadas, a croata é a única a vencer o cansaço em seus três jogos e seguir viva no Mundial.
Na Rússia, a curiosidade é que a Croácia sempre empatou por 1 a 1 nos 90 minutos, para depois resolver sua vida na prorrogação ou nos pênaltis. Após vencer o grupo D, os croatas pegaram a Dinamarca nas oitavas, fase na qual o 1 a 1 perdurou desde o minuto 4 até o final dos 120 -a classificação saiu nos pênaltis.
Depois, nas quartas, a situação foi semelhante: o 2 a 2 com os anfitriões da Copa teve mais emoção, com dois gols na prorrogação e nova vitória nos pênaltis. Nesta quarta, contra a Inglaterra, os pênaltis não foram necessários.
No estádio Lujniki, em Moscou, o inglês Trippier abriu o placar em uma cobrança de falta magistral aos cinco minutos. O empate croata se deu pelos pés de Perisic, que se adiantou à marcação e deu um golpe de caratê aos 23 do segundo tempo. A igualdade se manteve nos 90 minutos, e o gol de Mandzukic aos 11 da prorrogação garantiu a vaga na final da Copa.
A Croácia enfrenta a França às 12 horas (de Brasília) deste domingo (15), em jogo que vale o título mundial. Os croatas chegam à decisão tendo jogado 90 minutos a mais que os franceses, em parcelas de 30 em cada tempo extra do mata-mata.