Que jogo, amigos! Enfim, habemus Copa do Mundo! Com hat-trick do monstro Cristiano Ronaldo, dois do brasileiro naturalizado espanhol Diego Costa e uma pintura de Nacho, Portugal e Espanha fizeram jus ao clássico ibérico, na noite desta sexta-feira, no Estádio Olímpico de Fisht, em Sochi. Seis gols e um 3 a 3 sensacional para cravar o duelo na memória dos jogões de Mundiais.
Na briga por território, Cristiano é da linha dos desbravadores. Ele só precisou de dois minutos para sofrer a penalidade e, aos 3 min, assinalar o gol que lhe dá mais uma marca na história. CR7 se iguala aos alemães Uwé Seeler (1958, 1962, 1966 e 1970) e Miroslav Klose (2002, 2006, 2010 e 2014) e ao brasileiro Pelé (1958, 1962, 1966 e 1970) como os únicos a marcar em quatro Mundiais seguidos. O português assim o faz desde 2006.
A Espanha, paciente que é, não se abateu. O time manteve a essência do trabalho de Lopetegui, demitido dois dias antes do jogo, e também tocava a bola fácil, já sob o comando de Fernando Hierro. O empate, por sua vez, acabaria acontecendo em um lance polêmico. Diego Costa ganhou a disputa de bola com Pepe, deixou três marcadores na saudade e atirou para as redes, aos 23 min, para fazer seu primeiro gol em Mundiais. O árbitro Gianluca Rocchi poderia ter pedido o assistente de vídeo, não?
E teve mais polêmica. Isco arriscou, a bola pegou na trave e na linha, e não entrou. Palmas para a tecnologia da linha do gol, já usada na Copa do Brasil. Mas e aquele desvio de bola no braço do defensor de Portugal na área? Intencional ou não?
O certo é que os espanhóis estavam muito melhores, o que não basta para se dar bem. E quem enfrenta o melhor do mundo não pode vacilar. Que diga o goleiro De Gea. No disparo de fora da área de Cristiano, aos 43 minutos, o goleirão aceitou. Que primeiro tempo!
E que segundo tempo! Com 9 minutos, brilhava de novo a estrela de Diego Costa para deixar tudo igual. E a única certeza que tínhamos era que vinha mais. Três minutos depois, aos 12 min, o zagueiro Nacho acertou aquela pintura que a gente não cansa de ver e rever.
Ainda era cedo, mas o tempo foi passando e Portugal perdeu o gás. De ações em contra-ataque, os portugueses precisavam propor o jogo. Mas não se esqueçam dele: Cristiano Ronaldo, de falta, aos 42, deixou tudo igual novamente.
Eram três gols em Copa do Mundo até então. Em 2018, foram outros três em apenas um jogo. Os quase 44 mil torcedores nunca vão se esquecer deste jogo!