Buenos Aires. Mano Menezes é uma figura peculiar no futebol brasileiro. O pragmatismo de seu jogo angariou críticos, mas as conquistas recentes na Copa do Brasil abafam as críticas. Contra o River Plate, na noite dessa terça-feira (23), o time celeste não concluiu de forma correta nenhum chute a gol. Esse foi o terceiro empate sem gols do Cruzeiro desde a volta da parada para a Copa América, acumulando no total apenas uma vitória (contra o Atlético) nos últimos 15 jogos.
Todavia, para Mano Menezes, a execução da proposta e o peso do resultado conquistado em Buenos Aires agrada. Foi o primeiro empate na história do clássico entre Cruzeiro e River. Resultado que obriga o Cruzeiro a mostrar muito mais do que fez no Monumental para sair com a classificação na próxima terça.
"Essa confiança que se ganha em cima dessa dificuldade, levando a possibilidade para decidir em casa transforma a confiança em algo maior. E essa confiança maior depende do rendimento que podemos ter na nossa casa. O futebol vive dessa confiança, quando você ganha mais vezes, quando você conquista, você fica com o grupo encorpado e esse grupo acredita atée o fim. Então você está jogando contra esse adversário, que a gente sabe que tem que respeitar, como vamos respeitar lá, mas vamos basear a nossa classificação com base naquilo que estamos construindo e essa primeira parte dos primeiros 90 minutos, de fato, vai ajudar na última", disse Mano.
É o famoso saber sofrer que o torcedor do Cruzeiro acostumou-se. Um jogo que consagra algumas peças, como Dedé, o líder de uma defesa que passou ilesa, mas deu alguns sustos com Egídio e Léo. Em contrapartida, além de Dedé, Orejuela compensou com mais outra atuação consistente.
O Cruzeiro volta aos treinos nesta quinta-feira e sábado, contra o Athletico-PR, no Brasileirão, o time já pode dar uma ensaiada, mesmo com os reservas em campo, de como será voltar a vencer, recuperando assim a força do Mineirão para terça-feira.