O jogo entre Atlético e Cruzeiro desta quarta-feira (15/10) será o último do ano e de um acordo firmado entre os clubes em 2024. A bola rola na Arena MRV às 21h30 (de Brasília), em partida válida pela 28ª rodada da Série A do Campeonato Brasileiro.

Em janeiro do ano passado, as diretorias das SAFs selaram um pacto, a princípio, válido até o final de 2025: todos os confrontos entre os times profissionais masculinos contariam com presença de apenas uma torcida. No dia 29, eles emitiram uma nota oficial conjunta.

Objetivo, segundo Galo e Raposa, seria diminuir atos de violência entre os torcedores. "Atlético e Cruzeiro celebraram acordo para que haja torcida única nos clássicos das temporadas 2024 e 2025, válidos pelas competições organizadas pela Federação Mineira de Futebol e Confederação Brasileira de Futebol", informaram.

"No caso de eventuais jogos por torneios da Confederação Sul-Americana de Futebol, os clubes se comprometem a envidar esforços para que as partidas também ocorram sem torcida visitante. A medida temporária visa estabelecer um diálogo entre clubes e torcidas, no sentido de buscar soluções definitivas na realização de clássicos nos estádios de Minas Gerais", completaram.

A 'gota d'água' foi o duelo ocorrido em outubro de 2023, o primeiro clássico da história da Arena MRV, estádio alvinegro recém-inaugurado. Na vitória celeste por 1 a 0, pelo Brasileirão, diversas confusões ocorreram no estádio, especialmente envolvendo depredações por parte dos visitantes.

De lá para cá, aconteceram nove partidas oficiais entre os rivais, sendo quatro na Arena e cinco no Mineirão, casa do Cruzeiro, todos com torcida única do time mandante. Nesse meio tempo, a SAF estrelada foi vendida de Ronaldo Nazário para Pedro Lourenço, enquanto a alvinegra se manteve com investidores como Rubens Menin.

E 2026?
Não há documento assinado entre os clubes no que tange a prorrogação desse acordo. Mas, a tendência, é que essa prática de torcida única se manteve.

Em entrevistas, Pedro Lourenço já demonstrou vontade em voltar a ter duas torcidas em clássicos, inclusive, com a divisão 50/50. O lado do Galo é o menos suscetível a isso, especialmente por receio de depredação de seu patrimônio e, em caso de 50/50, teria que abrir mão de seu estádio.