Rafael Reis

UOL Esportes

O futebol brasileiro entra na reta final da fase de grupos da Libertadores-2018 com a corda no pescoço para evitar uma triste marca: sua pior campanha na competição continental nesta década.

Com cerca de 75% dos jogos envolvendo Grêmio, Flamengo, Cruzeiro, Vasco, Santos, Corinthians e Palmeiras na fase de grupos já realizados, o único país pentacampeão mundial tem aproveitamento de 55,2% dos pontos disputados.

Desde 2010, apenas uma vez o futebol brasileiro teve um desempenho pior do que o atual na fase de grupos. Em 2014, o aproveitamento de Atlético-PR, Botafogo, Atlético-MG, Cruzeiro, Grêmio e Flamengo ficou na casa de 54,6%, próximo do atual.

Em todos os outros anos da década, as equipes do país conseguiram somar pelo menos 58% dos pontos disputados –o melhor resultado foi obtido em 2010, com 68,8%.

O grande responsável pelo desempenho medíocre do futebol brasileiro na Libertadores-2018 é o Vasco. O clube carioca tem a terceira pior campanha da competição (dois empates e três derrotas em jogos) e já não possui nenhuma chance de avançar para os mata-matas.

Todos os outros seis representantes do país na fase de grupos estão na zona de classificação para as oitavas. Mas só o Palmeiras já garantiu o primeiro lugar de sua chave e tem certeza de que irá para a reta final da competição com uma das melhores campanhas.

No ano passado, os clubes brasileiros foram responsáveis por cinco dos sete melhores desempenhos da fase de grupos. Na atual temporada, pelo menos por enquanto, são apenas dois representantes entre os cinco primeiros.

Nesta semana, quatro clubes do país entram em campo pela Libertadores. Na terça-feira, o Grêmio visita o Monagas, na Venezuela. Na quarta, é a vez de o Flamengo receber o equatoriano Emelec e o Palmeiras jogar em casa contra o Junior Barranqulla, da Colômbia. E, na quinta, o Corinthians vai a território venezuelano enfrentar o Deportivo Lara.

Chance para afastar de vez o risco de pior participação brasileira na fase de grupos do torneio continental… ou para abraçar de vez essa triste realidade.