Diante do Azerbaijão, um time mais alto e experiente do que o Camarões, seleção enfrentada no dia anterior, a seleção brasileira feminina de vôlei teve muito mais trabalho nesta sexta-feira, no segundo jogo no Pré-Olímpico, que acontece no ginásio do Sabiazinho, em Uberlândia. Com muita dificuldade, a vitória veio por 3 a 2 (25/13, 23/25, 21/25, 25/19 e 15/12). Um dos destaques do Brasil foi a ponta Gabi, responsável por 17 pontos.
Sem moleza
A escola do leste europeu, por si só, já mostrava que a equipe da casa seria mais exigida. Contando com atletas com boa rodagem internacional, o Azerbaijão mostrou que a derrota no primeiro set por grande diferença de pontos foi algo atípico. O susto sofrido fez as visitantes terem uma outra atitude em quadra para deixar claro que as brasileiras precisariam ter uma atuação agressiva e regular para merecer o triunfo.
A partir do momento em que o bloqueio europeu se postou melhor e o volume de jogo fez a bola demorar para cair, o Brasil encontrou muitas dificuldades na sua virada de bola. Depois de passear no primeiro set, o time verde-amarelo sofreu nas parciais seguintes, quando tomou a virada no terceiro set para ligar o sinal de alerta, sabendo que o resultado poderia comprometer a classificação antecipada para a Olimpíada de Tóquio, no ano que vem. O principal destaque do time europeu é a ponta Rahimova, recém-contratada pelo Sesi-Bauru. Com golpes eficientes, ela apresentou o que vai mostrar em breve na Superliga feminina.
O primeiro set do Brasil, com o ataque funcionando bem e contando com muitos erros do outro lado, não se repetiu nas parciais seguintes. Depois de tomar a virada, foi preciso controlar melhor as ações para buscar o empate no quarto set, levando a decisão para o tie-break. A dificuldade no passe e nas viradas de bola precisariam ficar para trás para que a segunda vitória viesse. A entrada da ponta Amanda, que virou titular no quarto set, teve importante peso para um melhor rendimento no fundo de quadra.
No quinto set, a tensão tomou conta e foi preciso controlar os ânimos para não deixar as oportunidades passarem. Com atuação equilibrada, o Brasil foi mais eficiente no momento mais decisivo para respirar aliviado e depender somente de si para estar em Tóquio em 2020.
Tudo ou nada. O último jogo acontece neste sábado, às 10h, contra a República Dominicana, o adversário mais duro deste grupo. A seleção da América Central é treinada pelo brasileiro Marcos Kwiek e tem mostrado importante evolução nos últimos anos.
Algumas peças são conhecidas do vôlei brasileiro, a exemplo da líbero Castillo, ex-Bauru, uma das maiores referências do mundo na sua posição. A ponta Peña, do Sesc-RJ, é outra que atua na Superliga, experiência que acontecerá em breve com a ponta e oposta Martinez, recém-contratada pelo Dentil-Praia Clube. Este duelo promete ser o mais complicado da chave, exigindo do Brasil concentração e consistência para não ser surpreendida dentro de casa.