As parciais da derrota do Brasil para a Rússia, neste sábado, pela semifinal da Liga das Nações de vôlei masculino, resume bem o que foi o duelo. A fase final do torneio acontece em Lille e terá sua decisão neste domingo. Os donos da casa da França vão enfrentar, às 15h45, um adversário que foi impiedoso com a seleção verde-amarela. Às 12h, o Brasil disputa a medalha de bronze contra os norte-americanos para tentar se despedir no pódio e com um retorno pra casa menos amargo.
Com 25/17, 25/18 e 25/14, os russos não deram chances diante de um Brasil que não se encontrou em nenhum momento. Chega a hora de 'colher os cacos' e tirar lições para o Mundial, o maior objetivo da temporada. Bulgária e Itália cosediarão o torneio entre 10 e 30 de setembro. A recuperação física de referências será fundamental para uma campanha melhor.
Chegando para o jogo de duas boas apresentações, a seleção sabia do que precisava para equilibrar o duelos. Com a proposta de jogo comprometida, sem estabilidade na parte defensiva e ofensiva, o caminho europeu foi bem menos complicado do que se imaginava. Poucas ações brasileiras se salvaram, tendo a entrada de rede como 'calcanhar de aquiles'. A perda da dupla titular, uma delas já em território francês, parece ter desastabilizado as atuações. Douglas Souza e Lucas Lóh fizeram o que deu, mas foi nítida a falta de Lipe e Maurício Borges.
O saque brasileiro não teve efeito diante de um adversário inspirado. Do outro lado, os russos viravam bolas e faziam estragos no saque, evidenciando o problema no passe. O poder de reação do Brasil inexistiu e a Rússia não se cansou de abrir largas vantagens para saber que a vitória viria à galope.
Sem conseguir se encontrar, a seleção deu adeus à final sabendo do papel que não foi bem cumprido. "È difícil perder assim depois de dois dias seguidos em que fomos bem. Talvez tenhamos feito contra a Sérvia a nossa melhor partida no torneio. Mas não nos apresentamos bem, o saque esteve muito agressivo e eles sempre estiveram na frente. Nossos ponteiros sofreram muito", reconhece Murilo, que nada pôde fazer do banco de reservas. "Não conseguimos jogar de igual para igual, a rodada de bola não aconteceu, eles dificultaram muito no saque. As baixas também atrapalharam", reforçou, em entrevista ao Sportv.