Logo no seu segundo jogo no Campeonato Mundial de vôlei masculino, a seleção brasileira teve pela frente a França, uma das maiores potências do planeta. A novidade foi a entrada de Lipe, recuperado de lesão no cotovelo, no lugar de Kadu. Com a energia do ponteiro contagiando o time, o Brasil passou pelos favoritos para jogar a moral para o alto, mesmo sabendo que ainda tem muito por vir. O Brasil joga a primeira fase na cidade de Ruse, na Bulgária que sedia o torneio com a Itália.
O começo do jogo mostrou um Brasil firme e bem postando diante de uma França que não se encontrava. Foi somente no terceiro set, quando ficou pressionada após perder as duas parciais, que os azuis entraram no jogo. Encontraram um bom ritmo no saque, bloqueio e ataque para empatar o duelo e levar para o tie-break. Quando tudo parecia ir para o lado francês, o bloqueio brasuca entrou em ação para um triunfo importante diante de um adversário direto (25/20, 25/20, 21/25, 23/25 e 15/12). O oposto Wallace foi um dos destaques com 20 pontos, além de Lipe, que apareceu bem nos momentos decisivos. "Não podemos oscilar tanto em um campeonato como este. Esse foi o maior aprendizado da partida. O que valeu, no final, foi a vitória", afirmou Wallace. O Brasil volta a quadra no sábado, contra a Holanda, no terceiro de cinco jogos na fase de classificação.
Depois de trocar pontos no começo da parcial, o Brasil conseguiu uma pequena e importante distância no 17 a 15. Com Lipe muito bem e Bruninho trabalhando com a bola na mão, o time pressionou o adversário para sair na frente. No segundo set, o Brasil manteve a postura, agredindo e tendo boa distribuição. Os saques e bloqueios incomodavam e fizeram a França viver seu pior momento no jogo. Com 16 a 9, bastou para o Brasil manter o ritmo para fazer 2 a 0.
Foi somente no terceiro set que a França entrou no jogo e mostrou sua qualidade. A inversão entre levantadores e opostos deu certo no lado europeu, que não demorou para abrir vantagem. Com o passe perdido e um nível de concentração muito abaixo, o Brasil foi presa fácil. No quarto set, a França sabia que teria que seguir com a intensidade do terceiro set e seguiu com o saque eficiente para abrir 7 a 4.
Nos 9 pontos, o Brasil buscou o empate, contando com a presença de Lucas Lóh no lugar de Douglas. Uma troca de pontos seguiu-se até a virada brasileira no 19 a 17. Com erros de saque e diante de um bloqueio bem postado, o Brasil não foi bem na missão de matar o jogo. Permitiu a virada e precisou definir no quinto set.
No momento de definição, o oposto Wallace chamou a responsabilidade e resolveu boa parte dos lances a favor do Brasil. Na virada de quadra, com 8 a 6 contra, a missão brasileira era ter uma outra válvula de escape. O 10 a 7 para a França dificultou a missão, que voltou a ganhar forças com a presença do bloqueio. Lipe apareceu duas vezes para fazer o Brasil ter 11 a 10 e 13 a 12. O match point veio com Maurício Souza sendo o paredão, antes de Lucão definir no saque.