Mesmo com o maior objetivo - classificar-se para o Pan de Lima, no que vem -, já cumprido, a seleção brasileira masculina de vôlei tinha uma nova meta a ser batida neste domingo. Na decisão da Copa Pan-Americana, na cidade de Córdoba, no México, o time do técnico Giovane Gávio, formado por jovens talentos da modalidade, queria o título. Mas a equipe acabou caindo para a Argentina no tie-break (25/27, 25/17, 25/22, 25/27 e 15/10).
Contra os hermanos, os brasileiros tiveram o jogo mais complicado de todo o torneio. “O campeonato foi muito disputado e isso é muito bom, principalmente para o time que está aqui. Estamos em um grupo mais novo, que veio para classificar o Brasil e para aprender, ganhar rodagem. Tenho certeza que todos aprendemos bastante e na próxima competição vamos estar mais bem preparados”, comenta o oposto Alan, maior pontuador do lado verde-amarela com 19 bolas no chão.
Para o central Flávio, a diferença aberta pelos adversários na última parcial fez a diferença para o resultado final. “Um jogo de 3 a 2 é sempre muito duro, disputado, e as duas seleções estavam muito bem. Foi uma partida bem jogada. O que decidiu para o lado da Argentina foram os momentos de definição, eles foram melhores. No tie break, eles começaram muito bem, abriram vantagem e, em um set curto, fica difícil de buscar”, lamenta.
O jogador ganhou presença na seleção do campeonato, sendo premiado pela regularidade nas cinco partidas realizadas. “Fiquei muito feliz com a premiação individual. É o reconhecimento do trabalho que venho fazendo no clube e na seleção. É algo que motiva para continuar o trabalho, especialmente depois de uma derrota, que não é o que esperamos. Mas, sei que tem muito chão pela frente e vamos continuar trabalhando para buscar cada vez mais evoluir”, afirma.
O técnico Giovane sabe que alguns erros foram decisivos para o vice-campeonato e espera que o torneio tenha servido de aprendizado para os jogadores. “Foi uma disputa bonita, mas com alguns erros que não poderiam acontecer nos sets em que perdemos. Contra um time como a Argentina, que erra pouco, acabamos pagando um preço muito alto. Essa oportunidade foi muito importante. Uma pena não ter alcançado o lugar mais alto do pódio, mas vamos todos aprendendo. Fica a alegria de ter tido essa chance, e agradeço a oportunidade por essa missão”, garante. Além de Flávio, o oposto Alan terminou a competição como melhor atacante e melhor da sua posição.
A equipe contou com vários representantes mineiros. Além de Flávio, do Minas, foram chamados o levantador Carísio, o oposto Davy, o líbero Rogerinho, os centrais Matheus e Pingo, além do ponta Honorato, todos do clube da Rua da Bahia, assim como o assistente de Giovane, o técnico Nery Tambeiro. Do Sada Cruzeiro esteve presente o ponta Leozinho.