Há quase dois meses, o Atlético declarava, por meio do presidente Sérgio Sette Câmara, que tentou negociar a volta de Diego Tardelli, ouvindo do jogador o desejo de continuar na China diante de "três propostas" locais. Mas o panorama mudou e o Galo volta a se animar.
Em entrevista ao site da CBF, na última sexta-feira, o atacante de 33 anos comentou sobre sua passagem de quatro temporadas no Shandong Luneng, onde chegou perto do 100º jogo, e também deu dicas sobre o futuro no futebol. Livre no mercado, ele pode assinar com qualquer equipe, e a prioridade de ficar na China não existe mais.
"Olha, como falei, eu e minha família sempre fomos super bem tratados na China e nos adaptamos muito bem. A minha prioridade já foi permanecer por lá, mas nos últimos dias tenho conversado muito com a minha esposa e, talvez, as coisas podem mudar. Estamos tranquilos e a decisão será tomada de forma conjunta", afirmou Tardelli, à CBF.
No Shandong, o jogador conseguiu ajudar o clube a voltar pra Liga dos Campeões da Ásia. Foi o brasileiro que mais marcou gol na SuperLiga de 2018, com 20 em 29 jogos no ano passado. Ao todo, foram 51 gols e 23 assistências em 98 partidas. O contrato venceu em janeiro deste ano.
"Os números são ótimos e fico feliz em ter conseguido ajudar o Shandong nesse período. Acho que o fato de ser o estrangeiro com mais gols pelo clube é algo muito bacana. E também fui o primeiro atleta que atua na China a ser convocado para a seleção brasileira. Isso é algo que ficará marcado para sempre na história", continua Tardelli, na entrevista publicada há quatro dias.
Tardelli tinha oferta da China e também uma forte sondagem da Turquia. A chance de voltar ao Brasil passa a sair do "zero". O Corinthians chegou a sinalizar com uma oferta, mas é o Atlético que cresce o olho nesta situação. Cabe lembrar que o diretor de futebol do Galo, Marques, jogou com DT9 em 2009 e em 2010. Ambos podem se vangloriar de estarem no Top-15 de maiores artilheiros do clube. Tardelli tem 110 gols, Marques soma 133.