Custo de R$ 1 milhão por clube pesou na decisão; 12 clubes votaram contra, sete se posicionaram a favor e o São Paulo não votou

Atlético, Cruzeiro, América e outros nove clube votaram contra a implementação do árbitro de vídeo no Campeonato Brasileiro deste ano. Outras sete equipes foram a favor e o São Paulo não votou.

A introdução do recurso foi vetada nesta segunda-feira pela maioria dos clubes da Série A, durante reunião do conselho arbitral, realizada na sede da CBF, no Rio de Janeiro. No entanto, o uso da tecnologia será adotado na Copa do Brasil, a partir da fase de quartas de final.

O Atlético, que foi representado pelo vice-presidente Lásaro Cunha, se posicionou sobre o assunto. "Atlético apresentou proposta para árbitro de vídeo com custos divididos entre clubes e CBF. Proposta não foi aceita. Abriu-se votação então com 100% dos custos para os clubes, Galo foi contra", disse o clube, por meio de sua assessoria.

O Cruzeiro, também por meio de sua assessoria de imprensa, explicou que o clube foi a favor da implementação do sistema apenas nas finais da Copa do Brasil, como a maioria dos clubes votaram. No caso do Brasileiro, a diretoria celeste foi contra por causa dos custos.

A implantação do árbitro de vídeo custaria R$ 1 milhão por agremiação para toda a competição. Sergio Correa, ex-chefe do departamento de arbitragem da CBF e responsável pelos estudos para a implantação do sistema negou que os custos tenham sido preponderante para a negativa.

"Não foi exatamente a questão do custo. Teve clube que argumentou com a questão técnica, outro falou de testes, alguns de custos. Uma pena", lamentou. O Super FC procurou o América, mas a diretoria do clube ainda não havia se posicionado ou justificado seu voto contrário ao sistema de árbitro de vídeo no Brasileirão (Com agências).

Votação para o Campeonato Brasileiro:

Favoráveis: Flamengo, Botafogo, Bahia, Chapecoense, Palmeiras, Grêmio e Internacional
Contrários: Atlético, Atlético-PR, América, Cruzeiro, Corinthians, Santos, Paraná, Vasco, Fluminense, Sport, Vitória e Ceará
Não votou: São Paulo