A decisão de não utilizar este tipo de árbitro na primeira fase do Estadual partiu da própria Federação Mineira

Os árbitros adicionais, aqueles que ficam na linha de fundo, voltarão a atuar nas quartas de final desta edição do Campeonato Mineiro. Muitos torcedores sentiram a falta dos adicionais durante o clássico entre América e Atlético, no domingo, que teve um gol alvinegro validado e outro americano anulado em situações semelhantes gerando muita revolta dos torcedores e da diretoria do clube alviverde.

A decisão de não utilizar este tipo de árbitro na primeira fase do Estadual partiu da própria Federação Mineira de Futebol (FMF) e da comissão de arbitragem da entidade. “Há um custo envolvido e uma carência de profissionais de arbitragem. Hoje são seis jogos na primeira fase e você não consegue manter adicionais de alto nível em todos os jogos. E também tem um custo altíssimo para os clubes. Então optamos por colocá-los a partir das quartas de final, como foi feito no ano passado quando utilizamos a partir das semifinais”, explica o presidente da comissão de arbitragem da FMF, Giulliano Bozzano.

Segundo ele, nos jogos em Belo Horizonte cada profissional (são dois por jogo) custariam R$ 2 mil por partida. No interior de Minas Gerais, devido aos custos com deslocamentos e hospedagem, o valor subiria para R$ 3 mil. Mas será que a presença desses profissionais evitaria a polêmica do clássico?. “É uma incógnita. A gente não sabe como seria a dinâmica do jogo. O que a gente sabe é que seriam mais dois olhos em cada meta. Mas como que seria é uma pergunta que eu não consigo responder”, disse o presidente da comissão de arbitragem de Minas.

“A decisão de não colocar adicionais na primeira fase é da Federação Mineira, da Comissão de Arbitragem e minha. Analisamos que os custos seriam excessivos para uma primeira fase. Se os clubes entenderem que querem os adicionais nesta primeira fase e acarem com os custos ótimo. Não vejo problema algum. Não tenho nenhum tipo de problema com isso, muito pelo contrário. Se dependesse de mim eu teria todos os oficiais possíveis à disposição, mas isso envolve custo para os clubes. Por isso existe essa sensibilidade da comissão. Mas se eles quiserem eu posso rever essa decisão”, completou Bozzano. A decisão de trabalhar ou não com adicionais cabe a cada federação.