Analisando tendências de mercado, maior liberdade na confecção de suas camisas e preços mais acessíveis, Coelho decidiu implantar o negócio
Analisando tendências de mercado, maior liberdade na confecção de suas camisas e preços mais acessíveis para o torcedor, o América decidiu encerrar a parceria com a Lupo, atual fornecedora de materiais esportivos – parceria que já dura seis anos –, para criar uma marca própria a partir de 2019.
O clube acredita que conseguirá aumentar a quantidade de produtos, propor edições comemorativas e, por fim, obter mais lucro com a venda dos materiais esportivos. Em conversa com o Super FC, o diretor de marketing e negócios do Coelho, Erley Lemos, afirmou que uma série de motivos influenciaram na decisão do clube.
“Não teve um motivo único. São várias coisas. Estamos caminhando para fechar o sexto ano de parceria com a Lupo. É um contrato legal, eles nos oferecem produtos de qualidade, atendem as nossas demandas, mas vemos a necessidade de mudança, de dar uma oxigenada no material esportivo, até por conta do contato com a torcida, que pede novidades. A gente vê essa oportunidade como uma concepção de negócio”, declara o diretor, que já projeta uma maior captação de recursos para o clube alviverde.
“Com a marca própria, a gente busca um aumento no número de vendas, maior participação nos resultados, controle de mercado, quando e como lançar e um portifólio maior de produtos, o que nos proporciona impulsionar um volume de vendas maior”, afirma.
Erley Lemos conta que a produção industrial será terceirizada e realizada por uma empresa de Fortaleza, que é especializada em trabalhar com clubes de futebol com marca própria. “Vamos participar do plano de negócios, do uniforme, do layout, do acabamento, da escolha de material. A única coisa que não vamos participar é da confecção. Escolhemos uma indústria que já atua nesse segmento de marcas próprias para clubes de futebol. É a Bomache, localizada em Fortaleza. Eles têm capacidade de atender bem em qualidade, quantidade e tem um bom prazo de entrega”, revela.
O diretor também vê a iniciativa como uma forma de estreitar o relacionamento com a sua torcida. “O outro lado é em relação a comunicação. A gente entende que lançar uma marca é lançar um novo ativo do clube, é se relacionar com o torcedor. A gente aposta em mais um canal de aproximação com a torcida. Tem ainda a questão de representar a realidade. É uma nova tendência de mercado. Tem clubes com sucesso na utilização de marca própria (como Fortaleza e Paysandu). Nós estudamos o negócio e essa necessidade de apresentar novidades nos conduziu para a marca própria”, analisa.
Essa autonomia, segundo Lemos, irá baratear o preço final e proporcionará uma diversidade maior dos produtos para o torcedor americano. “Com essa liberdade de planejamento e até comercial de cada produto, obviamente vamos ter condição de apresentar preços diferentes, mais acessíveis. Estamos pensando também em novidades, assim como fizemos nos últimos anos. Teremos mais liberdade para apresentar produtos diferenciados e vamos buscar o que tem de melhor no mercado em relação à qualidade. Nós queremos criar opções com diferentes faixas de preço. Teremos, por exemplo, a camisa oficial usada em campo, vai ter uma outra intermediária (com outro tipo de material) e uma camisa mais popular. Podem surgir camisas comemorativas, camisas exclusivas para determinada competição. Estamos com liberdade com a Bomache pra trabalhar neste tipo de produtos”, finaliza.