Os torcedores do América têm um carinho especial pelo atacante Richarlison, de 23 anos. Habilidoso, o atual jogador do Everton, da Inglaterra, deu início à sua trajetória no futebol no clube alviverde.

Richarlison chegou ao Coelho em outubro de 2014 para atuar nas divisões de base. Porém, a qualidade do atacante chamou a atenção da comissão técnica, que o convocou para compor a equipe principal durante a disputa da Série B do Campeonato Brasileiro no ano seguinte. 

Em 2015, o atacante fez sua estreia pelo time profissional do América. Em seu primeiro jogo, Richarlison marcou na vitória americana sobre o Mogi Mirim, por 3 a 1, no Independência, em jogo válido pela Série B. Ao todo, foram 24 partidas e nove gols com a camisa alviverde, além de ter garantido o acesso da equipe à elite do futebol nacional em 2016.

Apesar da curta passagem pelo América, Richarlison ainda carrega uma relação muito forte com o seu clube formador. Em entrevista ao Superesportes, o ex-atacante alviverde relembrou as memórias durante a sua trajetória no Coelho, que durou até dezembro de 2015. Leia a entrevista completa: 

Você chegou ao América ainda muito novo e foi, aos poucos, conquistando seu espaço. Como você descreve a sua trajetória no América?

Minha trajetória no América foi muito rápida. Tudo aconteceu em pouco mais de um ano. Cheguei para jogar na base no fim de 2014, e no primeiro semestre de 2015 já estava no profissional. É um clube muito importante para mim, por tudo que me proporcionou. Foi lá que tudo começou.

Você estreou pelo time profissional em 2015 e logo em sua primeira partida marcou um gol. Como você descreve esse momento?

Eu tinha só 18 anos e estava buscando meu espaço. Entrar já marcando gol foi muito importante pra que eu ganhasse moral e para que todos no clube confiassem ainda mais em mim. No meu terceiro jogo também entrei e fiz gol, e logo consegui meu espaço no time titular. Foi um momento especial e ainda me lembro como se fosse hoje.

O América é conhecido por ser um clube formador e você faz parte disso. No elenco atual há nove atletas da base. Qual a importância de ser formado em um clube que dá espaço para base?

Eu acho que é importante porque você sabe que as chances de crescer dentro clube são maiores. Tanta gente boa começou lá no América e teve uma trajetória parecida com a minha. Isso é uma motivação para os jogadores mais jovens, para que possam se empenhar e fazer o melhor. Sempre tem alguém observando o seu trabalho. 
 
Quais lembranças você guarda de toda a sua trajetória no América?

Acho que todas as pessoas que me ajudaram desde que eu cheguei, os amigos que eu deixei lá e toda minha trajetória. Sempre fui tratado como um filho pelo América e acho que isso me ajudou a crescer tanto em tão pouco tempo. Tenho um carinho muito grande pelo clube e pela torcida, vou carregar isso pelo resto da minha vida.

O América vinha em um bom momento na temporada antes da paralisação em decorrência da pandemia e era o único time de Minas invicto no ano. Você ainda acompanha o clube mesmo de longe? 

Tento acompanhar sempre que posso, e que o horário permite. Ainda tenho amigos que continuam lá e torço muito por eles e pelo clube. Espero que, na retomada da temporada, eles possam continuar com uma boa campanha e possam voltar à Série A. Mesmo de longe eu continuo torcendo e mandando força. 

A torcida tem um carinho muito grande por você mesmo de longe. Que recado você deixa ao torcedor americano?

Tenho muita gratidão por todos os americanos. Se não fosse o apoio que eles me deram lá no começo, quando eu ainda não era ninguém, talvez eu não tivesse chegado tão longe na minha carreira. A torcida do América é muito especial pra mim e guardo na memória todas as coisas boas que passamos juntos.