Treinador deixa o clube após 10 jogos sem vitória no Campeonato Brasileiro
"Quero comunicar a todos, com muita tristeza pela derrota, e pela perda do nosso treinador, o desligamento do Adilson. Tivemos uma conversa rápida no vestiário e quero dizer que fico muito triste, porque tive o privilégio de trabalhar com o Adilson nesse período e aprender a admirá-lo. Tanto ele quanto seu auxiliar, o Cyro. Fizeram um belo trabalho. Chegaram, arrumaram a casa, ganhamos muita coisa e, de repente, a coisa não andou mais. Infelizmente, o futebol é assim. A gente, enquanto tiver esperança (de permanecer na Série A), vai tentar. Nossa chance diminuiu muito com essa derrota, mas ela ainda existe. Vamos tentar”, comentou Marcus Salum, presidente do América, em coletiva ainda no estádio.
Adilson Batista chegou ao América para substituir Ricardo Drubscky, que assumiu o time depois da saída de Enderson Moreira e, mesmo com os treinamentos durante a parada para a Copa do Mundo, não conseguiu bom rendimento do time. O Coelho foi derrotado por Cruzeiro e Paraná na volta após o Mundial na Rússia.Já Adilson comandou a equipe alviverde em 19 partidas, com quatro vitórias, oito empates e sete derrotas - 35,08% de aproveitamento dos pontos. Foram 12 gols marcados e 17 sofridos.
Com a derrota diante do Paraná, o América deve buscar uma reação histórica para se manter na primeira divisão nacional. E a sequência alviverde na competição não poderia ser mais difícil. Nas cinco últimas rodadas, a equipe enfrenta o vice-líder Internacional, em Porto Alegre, o Santos, em Belo Horizonte, o líder Palmeiras, em São Paulo, o Bahia, novamente na capital mineira, e, por fim, o Fluminense, no Rio de Janeiro.
Antes do revés deste sábado, o Coelho computava 71% de chances de queda. Para alcançar a pontuação que matemáticos consideram segura para garantir a permanência, de 46 pontos, o Coelho deve vencer quatro dos últimos cinco confrontos.