Eventual paralisação dos 5 mil motoristas que atuam em Minas poderia representar o desabastecimento dos postos e aeroportos; por enquanto, não há confirmação de adesão de caminhoneiros de outros segmentos
Após o aumento de 13% do diesel, os transportadores de combustíveis e derivados de petróleo de Minas Gerais contra-atacam e entram em estado de greve.
A partir de meia-noite, os tanqueiros iniciam negociações pelo aumento do frete e podem paralisar a qualquer momento. Por enquanto, não há confirmação de adesão de caminhoneiros de outros segmentos, apenas boatos.
Segundo o presidente do Sindicato das Empresas Transportadoras de Combustível e Derivado de Petróleo do Estado de Minas Gerais (Sinditanque-MG), Irani Gomes, a principal reivindicação é o cumprimento do valor mínimo do frete, previsto na lei 13.703, de agosto deste ano. Ela foi uma resposta do governo federal à greve deflagrada pela categoria em maio deste ano.
Apesar de a lei garantir um piso a ser pago para os tanqueiros, as distribuidoras estariam pagando um valor cerca de 25% abaixo do combinado. O reajuste do combustível, que passou a valer no sábado (01), serviu como um estopim para a insatisfação quanto ao pagamento abaixo do garantido em lei.
Negociações entre transportadores e distribuidoras vão acontecer ao longo da próxima semana, com reuniões já marcadas para segunda-feira (3). Uma eventual greve dos 5 mil tanqueiros que atuam em Minas Gerais poderia representar o desabastecimento dos postos e aeroportos do Estado.
Já os transportadores de outros tipos de carga ainda não têm confirmação sobre uma possível paralisação. Mensagens de celular nesse sentido já estão circulando. mas ainda não há um comando de greve definido.
A reportagem tentou contato com os representantes das distribuidoras por telefone e e-mails e até o momento não houve uma resposta.