Os preços do óleo diesel subiram 5%, em média, na primeira semana após a retomada da cobrança de tributos federais sobre o combustível. Os novos patamares superam os de maio de 2018, época da greve dos caminhoneiros, quando motoristas descontentes com o custo do diesel e a remuneração do frete interromperam o transporte de cargas por dez dias.

Por determinação do presidente Jair Bolsonaro, PIS e Cofins ficaram zerados em março e abril deste ano. Como o governo não renovou a isenção, os tributos retornaram aos níveis normais – de R$ 0,33 por litro – em 1.º de maio. Ao menos na média nacional, nem todo o impacto dessa alta chegou às bombas.

Segundo as pesquisas semanais da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), na semana encerrada em 1.º de maio o diesel comum custava R$ 4,20 por litro, na média dos postos pesquisados em todo o país. Na semana seguinte, encerrada em 8 de maio, o preço médio nacional passou a R$ 4,41 por litro – uma alta de R$ 0,21, ou 5%. O diesel S10, mais caro, subiu quase na mesma proporção.

Na semana encerrada em 19 de maio de 2018, às vésperas da greve dos caminhoneiros, o litro do diesel comum era vendido por R$ 3,60 – valor que, atualizado pela inflação, corresponde hoje a R$ 4,11. Com a interrupção do abastecimento durante a paralisação dos transportadores, o preço médio do diesel no país chegou a R$ 3,83 por litro na semana encerrada em 2 de junho de 2018, o que corresponde a R$ 4,38 atualmente.

O fim da isenção de tributos federais piorou o humor dos transportadores autônomos. Parte da categoria já mostrava insatisfação com a demora no cumprimento de promessas feitas pelo governo federal, que, na para evitar uma nova paralisação, tem promovido reuniões com lideranças nas últimas semanas.

Fonte: Gazeta do Povo