O leilão de 36 blocos do petróleo brasileiro confirmou a entrega do petróleo e gás natural brasileiro por parte do governo Jair Bolsonaro às grandes petroleiras internacionais. Ao todo, dez empresas diferentes – sediadas na Alemanha, Reino Unido, França, Qatar, Malásia, Estados Unidos, Noruega, Holanda, além da brasileira Petrobrás – formularam as propostas vencedoras e pagarão um bônus de R$ 8,9 bilhões.

Os campos foram arrematados pela BP Energy (Reino Unido), Total E&P do Brasil (França) (40%), QPI Brasil (Qatar), Petronas (Malásia), ExxonMobil Brasil (EUA), Shell Brasil (anglo-holandesa), Equinor (Noruega), Wintershall Brasil (Alemanha), Chevron (Estados Unidos), além da Petrobrás. 


O ágio pago sobre o preço mínimo foi de 322% para o bônus de assinatura e de 390% para as unidades de trabalho do programa exploratório mínimo. A expectativa é que os contratos sejam assinados em fevereiro de 2020, com investimentos de cerca de R$ 1,5 bilhão.

Ao todo, 17 empresas foram habilitadas para participar do leilão, o 16º do setor e a primeira das três rodadas previstas pela Agência Nacional de Petróleo (ANP) para este ano, sendo que somente a Petrobrás e a Enauta são nacionais. As áreas leiloadas estão localizadas nas bacias sedimentares marítimas de Pernambuco-Paraíba, Jacuípe, Camamu-Almada, Campos e Santos e foram ofertadas em regime de concessão.