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Fabricantes de veículos já anunciam que vão fechar as fábricas no fim do mês e não sabem exatamente quando vão retomar as atividades, pois isso vai depender da situação do País em relação à epidemia do novo coronavírus e da demanda do mercado. As três montadoras que já confirmaram férias coletivas empregam, juntas, quase 50 mil funcionários.
Além de paralisar a produção das suas cinco fábricas brasileiras (em São Paulo, Rio Grande do Sul e Santa Catarina) por tempo indeterminado, a General Motors suspendeu o investimento de R$ 10 bilhões previstos para o período de 2020 a 2024. Segundo a empresa, é preciso reservar caixa para o momento de crise atual provocada pela disseminação da covid-19.
A filial da GM na Argentina também será fechada. Junto com as unidades do Brasil, onde as férias coletivas começarão no dia 30, elas empregam cerca de 19 mil trabalhadores. A empresa alega que a paralisação vai ocorrer por causa da demanda do mercado, mas o Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano do Sul, onde está a fábrica mais antiga do grupo, diz que o principal motivo é o coronavírus.
A Mercedes-Benz também vai suspender as operações das fábricas de São Paulo e Minas Gerais e do centro de distribuição e logística em Campinas (SP). A parada está inicialmente prevista entre os dias 25 de março e 20 de abril e envolve cerca de 10 mil pessoas.
A empresa alega necessidade de prevenção ao coronavírus e diz que o retorno ao trabalho vai depender da situação do País. Na segunda-feira, a Volkswagen também anunciou intenção de paralisar as operações de suas quatro fábricas em São Paulo e no Paraná, a partir do dia 31, mas inicialmente por apenas dez dias. A marca alemã emprega cerca de 15 mil pessoas no Brasil.
Demissões
Nos próximos dias, outras montadoras devem anunciar paradas. Já o Grupo Caoa Chery encerrou a produção de motores e demitiu ontem 59 empregados da unidade de Jacareí (SP), número que equivale a 10% da mão de obra local.
Segundo o diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, Guirá Borba, a empresa alega redução da produção, de 65 carros ao dia para 40. "Em um momento como esse, de proliferação do coronavírus, não há justificativa. A empresa tem de proteger os trabalhadores que, sem emprego, perdem o convênio médico", critica o sindicalista. A empresa não comentou assunto.
Incentivo
O investimento de R$ 10 bilhões que a GM congelou foi resultado de uma longa negociação feita no ano passado com funcionários, concessionários, fornecedores e revendedores após o presidente da empresa na América do Sul, Carlos Zarlenga, afirmar que o grupo poderia fechar fábricas se não conseguisse reduzir custos e voltar à lucratividade.
O episódio levou o governo de São Paulo a criar um programa que reduz impostos justamente para empresas que realizarem investimentos no Estado.
Segundo a GM, o investimento seria destinado principalmente a novos produtos e modernização das fábricas e será reavaliado, mas sem prazo definido.
O anúncio ocorreu no mesmo dia em que a empresa lançou oficialmente o Trucker, primeiro SUV da marca produzido no País e que já está à venda por preços que vão de R$ 82 mil a R$ 112 mil. Na apresentação do modelo, feita via streaming para evitar aglomeração de convidados (imprensa, concessionários e trabalhadores), Zarlenga disse querer levar o modelo ao topo de vendas do segmento de SUVs de pequeno porte.
Embora a empresa justifique as férias como sendo adaptação à demanda do mercado, o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano, Aparecido Inácio da Silva, acredita que a paralisação das fábricas tem a ver com o caos provocado pela disseminação do coronavírus em todo o País.
Segundo ele, os funcionários da fábrica do ABC paulista, por exemplo, terão de fazer horas extras nos próximos dois sábados para produzir o Tracker. Silva informa ainda que, para os trabalhadores, a informação dada pela empresa é de que a parada deve ocorrer até 12 de abril, "mas a medida pode ser revogada ou prorrogada" de acordo com a situação.
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Três fábricas já confirmaram fechamento e avisaram que não sabem quando reabrem a produção
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Além de paralisar a produção das suas cinco fábricas brasileiras (em São Paulo, Rio Grande do Sul e Santa Catarina) por tempo indeterminado, a General Motors suspendeu o investimento de R$ 10 bilhões previstos para o período de 2020 a 2024. Segundo a empresa, é preciso reservar caixa para o momento de crise atual provocada pela disseminação da covid-19.
A filial da GM na Argentina também será fechada. Junto com as unidades do Brasil, onde as férias coletivas começarão no dia 30, elas empregam cerca de 19 mil trabalhadores. A empresa alega que a paralisação vai ocorrer por causa da demanda do mercado, mas o Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano do Sul, onde está a fábrica mais antiga do grupo, diz que o principal motivo é o coronavírus.
A Mercedes-Benz também vai suspender as operações das fábricas de São Paulo e Minas Gerais e do centro de distribuição e logística em Campinas (SP). A parada está inicialmente prevista entre os dias 25 de março e 20 de abril e envolve cerca de 10 mil pessoas.
A empresa alega necessidade de prevenção ao coronavírus e diz que o retorno ao trabalho vai depender da situação do País. Na segunda-feira, a Volkswagen também anunciou intenção de paralisar as operações de suas quatro fábricas em São Paulo e no Paraná, a partir do dia 31, mas inicialmente por apenas dez dias. A marca alemã emprega cerca de 15 mil pessoas no Brasil.
Demissões
Nos próximos dias, outras montadoras devem anunciar paradas. Já o Grupo Caoa Chery encerrou a produção de motores e demitiu ontem 59 empregados da unidade de Jacareí (SP), número que equivale a 10% da mão de obra local.
Segundo o diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, Guirá Borba, a empresa alega redução da produção, de 65 carros ao dia para 40. "Em um momento como esse, de proliferação do coronavírus, não há justificativa. A empresa tem de proteger os trabalhadores que, sem emprego, perdem o convênio médico", critica o sindicalista. A empresa não comentou assunto.
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O investimento de R$ 10 bilhões que a GM congelou foi resultado de uma longa negociação feita no ano passado com funcionários, concessionários, fornecedores e revendedores após o presidente da empresa na América do Sul, Carlos Zarlenga, afirmar que o grupo poderia fechar fábricas se não conseguisse reduzir custos e voltar à lucratividade.
O episódio levou o governo de São Paulo a criar um programa que reduz impostos justamente para empresas que realizarem investimentos no Estado.
Segundo a GM, o investimento seria destinado principalmente a novos produtos e modernização das fábricas e será reavaliado, mas sem prazo definido.
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