O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quarta-feira (17) que o governo opera um “milagre” no campo econômico ao promover um “crescimento sustentado” e fez críticas aos governos à direita que antecederam o do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Haddad fez um discurso aberto à imprensa na última reunião ministerial do ano, promovida por Lula na Granja do Torto, a casa de campo oficial da Presidência da República. Segundo ele, a imprensa não reconhece “indicadores positivos” do governo.

“É como se o presidente Lula tivesse herdado o paraíso e tivesse agora com problemas nas contas. Não. O presidente Lula herdou um inferno no campo fiscal depois de sete anos de governos de direita e extrema-direita. Eles se apresentam como os campeões da responsabilidade fiscal. É só pegar os números de sete anos”, declarou.

Haddad já indicou nos bastidores que deve deixar o Ministério da Fazenda antes de abril para ajudar na campanha de Lula à reeleição. Aliados do PT apontam o ministro como um potencial candidato ao governo de São Paulo ou ao Senado, cenário que tem sido desconversando por Haddad.

Na reunião com os outros 37 ministros do governo Lula, o ministro também apontou que o ano eleitoral será uma “guerra” no campo da comunicação. Ele fez referência à fala inicial do presidente Lula de que 2026 será “o ano da verdade”

“Vai ser um ano muito difícil, como todo mundo sabe. Sobretudo a guerra de comunicação, a guerra de narrativas. Vai continuar um inferno a vida de todos nós, é um desafio lidar com as redes sociais. [...] “Se a gente transformar o ano que vem no ano da verdade, nós vamos ter mais quatro anos de trabalho aqui”, disse.

A reunião ministerial ocorre após uma pesquisa que mostra Lula com dez pontos percentuais de vantagem em um eventual segundo turno contra o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), pré-candidato apoiado pelo pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, e contra o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).