O grupo ítalo-americano Fiat Chrysler e o francês PSA, controlador das marcas Peugeot e Citroën, assinaram um acordo vinculativo para avançar com a fusão entre as companhias, informaram as duas empresas nesta quarta-feira, 18. De acordo com a declaração conjunta, os grupos procederão à união de suas atividades para "criar o quarto maior fabricante de automóveis do mundo". O trio que lidera o mercado mundial de automóveis, em número de vendas, é atualmente composto pela alemã Volkswagen, a aliança franco-japonesa Renault-Nissan e a japonesa Toyota japonesa. 

As duas empresas afirmaram que os acionistas de longo prazo Exor, Bpifrance, a família Peugeot e a chinesa Dongfeng Motor Group se comprometeram a votar a favor do acordo nas respectivas assembleias-gerais extraordinárias.

Nos termos do contrato assinado, a Fiat Chrysler manterá a Comau, empresa de automação e manutenção do grupo Fiat, até a conclusão do negócio e a separará "prontamente" depois, em benefício dos acionistas da nova empresa.

A Fiat Chrysler e a Peugeot disseram que a Dongfeng Motor Group, da China, concordou em vender 30,7 milhões de ações da Peugeot de volta a ela, reduzindo sua participação na empresa incorporada para 4,5%.

As companhias concordaram com a parceria no final de outubro. Nos termos do contrato, os acionistas de cada empresa possuirão 50% da nova empresa. John Elkann, atual presidente da Fiat Chrysler e herdeira da família Agnelli, presidirá o novo conselho de administração, e Carlos Tavares, até agora presidente do conselho do grupo PSA, será o diretor-geral do novo grupo.