Desde 14 de outubro, a China vinha aplicando tarifas adicionais por viagem a navios de propriedade, operação ou bandeira americana, bem como àqueles construídos nos EUA ou pertencentes a empresas com pelo menos 25% de capital norte-americano.
As taxas aplicadas eram de 50 dólares (cerca de R$ 270) por tonelada líquida aos navios chineses que atracavam em portos dos EUA, valor que aumentaria em 30 dólares por ano até 2028. Já os navios americanos que chegavam aos portos chineses pagavam 56 dólares por tonelada líquida, com aumento gradual até 157 dólares também até 2028.
Tanto representantes do setor quanto analistas alertaram que essas medidas elevariam os custos operacionais do transporte marítimo, podendo causar mudanças nas rotas comerciais ou reduções nos volumes de carga, em um setor já pressionado pelo aumento do preço dos combustíveis e pela fragilidade do comércio global.
De acordo com estimativas da consultoria Alphaliner, citadas pela agência EFE, se as taxas fossem mantidas, as dez maiores companhias marítimas poderiam pagar até US$ 3,2 bilhões (cerca de € 2,7 bilhões) em tarifas americanas até 2026. Desse total, a estatal chinesa Cosco seria responsável por aproximadamente US$ 1,53 bilhão (cerca de € 1,3 bilhão).
Além das taxas portuárias, China e Estados Unidos também concordaram em reduzir algumas tarifas impostas nos últimos meses, suspender certas restrições de exportação — como as anunciadas pela China em outubro sobre terras raras — e retomar o comércio agrícola entre os dois países.







