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As famílias brasileiras pegaram mais empréstimos bancários em 2022, mesmo com os juros mais altos. A taxa Selic, que serve de base para a concessão de crédito, fechou o ano em 13,75%. É a partir deste índice que os bancos emprestam dinheiro. Mesmo assim, a expansão da carteira de crédito das principais instituições financeiras do país às pessoas físicas foi de 17,6% no ano passado, segundo uma pesquisa divulgada pela Federação Brasileira dos Bancos (Febraban).
Na visão da economista Lana Santos, o aumento do endividamento em época de crédito mais caro parece uma situação contraditória, mas é explicada pela crise econômica causada pela pandemia de Covid-19.
“A gente já vem de três anos de aumento desta carteira de crédito dos bancos, com altas cada vez maiores. Neste período, tivemos uma inflação muito alta por causa do coronavírus, com um choque de oferta de alimentos e outros produtos. As pessoas com necessidade de consumir tiveram que recorrer muitas vezes a empréstimos, e muitas estão desempregadas. Então, não é que elas não olhem os juros na hora de pedir empréstimos. É que elas não estão em condição de ficar escolhendo taxas”, analisa.
Ainda segundo a especialista, muitas pessoas que tomaram empréstimos não estão conseguindo pagar as parcelas. “É claro que tem o risco da inadimplência, pois, apesar da carteira de crédito ter se expandido, a taxa de juros alta deixa o empréstimo cada vez mais caro. Então há muitas famílias que pegaram empréstimo por necessidade e não conseguiram pagar, gerando a inadimplência. Foi, inclusive, um dos fatores que prejudicaram o balanço trimestral dos bancos, no fim de 2022. A gente viu o Bradesco, principalmente, sendo bastante afetado, até na cotação das ações, por conta desta situação”, explica.
A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada nesta semana pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), mostrou que o principal perfil da pessoa endividada no Brasil é de uma mulher, com menos de 35 anos e ensino médio incompleto, moradora das regiões Sul ou Sudeste, cuja família recebe até dez salários mínimos.
Na série histórica, iniciada em 2011, o ano bateu recorde: 77,9% das famílias estavam endividadas em 2022, uma alta de 7 pontos percentuais em relação a 2021 e de 14,3 se comparado com 2019, antes da pandemia de Covid-19. O índice mais baixo foi registrado em 2018, quando 60,3% das famílias estavam com dívidas.
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