Em uma notícia impactante para a economia global, a agência de classificação de risco Fitch rebaixou as classificações de longo prazo dos Estados Unidos de 'AAA' para 'AA+'. A decisão foi anunciada nesta terça-feira em meio a um cenário de instabilidade econômica e preocupações com a capacidade do país de lidar com sua dívida.

A mudança nas classificações afeta uma série de títulos do Tesouro dos Estados Unidos, incluindo notas e títulos não garantidos, que totalizam bilhões de dólares. A Fitch justificou a decisão de rebaixamento citando a crescente dívida do país em relação ao PIB e a preocupação com a sustentabilidade fiscal.

O rebaixamento coloca em evidência os desafios econômicos enfrentados pelos Estados Unidos, apesar de ser uma das maiores economias do mundo. O país tem sido historicamente classificado como um emissor de dívida de alta qualidade, mas o recente aumento da dívida nacional e a incerteza em relação às políticas fiscais futuras levaram a Fitch a tomar essa decisão.

No entanto, a perspectiva estável associada à nova classificação sugere que a Fitch acredita que a economia dos Estados Unidos ainda possui fundamentos sólidos o suficiente para evitar uma deterioração significativa em um futuro próximo.

A nota do Brasil – Na semana passada, a agência de classificação de risco Fitch elevou a nota de crédito do Brasil de BB- para BB, com perspectiva estável. O país havia sido rebaixado para o patamar BB- em 2018, durante o governo golpista de Michel Temer.

"A atualização do Brasil reflete um desempenho macroeconômico e fiscal melhor do que o esperado em meio a sucessivos choques nos últimos anos, políticas proativas e reformas que apoiaram isso e a expectativa da Fitch de que o novo governo trabalhará para melhorias adicionais", diz o comunicado da Fitch.