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O evento reúne mais de 500 delegados, prefeitos e representantes de 162 cidades do mundo, como Paris, Copenhagen, Chicago e Washington, até quarta-feira (19), na Cidade das Artes, zona oeste do Rio de Janeiro.
Entre os temas tratados estão o desperdício de alimentos, resiliência e justiça climática nas cidades, alimentação escolar fomentando a diversidade local e sustentável, alfabetização alimentar como forma de resgate histórico e cultural, políticas alimentares pós-pandemia e agricultura urbana, com troca de experiências.
Na mesa de abertura, a vice-prefeita de Milão, Anna Scavuzzo, destacou que o desafio de evitar desastres climáticos revendo os processos alimentares deve ser enfrentado em conjunto, por toda a humanidade, para promover inclusão social.
“As cidades podem, ou devem, procurar a justiça climática. É isso que nós queremos e o que devemos buscar juntos. Nosso compromisso é aprender uns com os outros. Cada cidade que trabalha por esse objetivo pode providenciar meios para superarmos nosso desafio. Estamos vivendo crises sem precedentes e o Pacto de Milão é uma forma de apoiar os esforços”.
O pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz Valber Frutuoso ressaltou a importância de restaurar os sistemas alimentares sustentáveis, como ferramenta para evitar uma catástrofe climática.
“Entender os sistemas alimentares sustentáveis deve ser feito através da promoção, em conjunto, de políticas para o meio ambiente, políticas de saúde, políticas de transporte, deslocamento e mobilidade, e também de energia. Dada a diversidade de cada território, esses esforços exigirão que as instituições sejam fortes tanto no nível local, nacional e global, de modo que as cidades e os seus cidadãos possam promover mudanças sistêmicas no sistema alimentar urbano”.
FAO
Para o ex-diretor-geral da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), José Graziano da Silva, o Brasil passa por uma situação contraditória, já que o país é campeão em exportação de alimentos ao mesmo tempo que tem 33 milhões de pessoas que passam fome.
“O caso brasileiro é um exemplo acabado de que as tecnologias da revolução verde, embora tenham sido capazes de aumentar a oferta de alimentos e baratear a produção, não foram capazes de produzir alimentos saudáveis nem evitar uma série de problemas ambientais e sociais, como o desmatamento, a perda da biodiversidade, a degradação do solo, a poluição da água, escassez de agricultores familiares, ordenação fundiária e riscos à saúde com os defensivos químicos”.
Ele destaca também que a predominância das monoculturas pode levar a uma “monotonia alimentar”, o que contribui para a epidemia de obesidade. Segundo Graziano, experiências com o sistema agroecológico já se mostraram exitosas em mais de 700 localidades no país, sendo capaz de alcançar uma alta produção de alimentos saudáveis.
Sustentabiildade
De acordo com o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, os sistemas alimentares representam uma grande parte das emissões globais de gases do efeito estufa e formas mais sustentáveis de produção e distribuição de comida poderiam contribuir para retardar o aquecimento global.
“Acelerar a transição para dietas saudáveis e sustentáveis é uma das ações mais impactantes para garantir justiça climática. A produção global de alimentos é uma das maiores pressões sobre os recursos naturais. Alimentar e produzir alimentos para 7,7 bilhões de pessoas são responsáveis por aproximadamente 24% das emissões dos gases de efeito estufa. Com dietas saudáveis e sustentáveis, somente os países do G20 podem reduzir quase 20% de suas emissões”. O prefeito citou algumas iniciativas municipais, como o projeto Prato Feito Carioca, a alimentação escolar e as hortas cariocas.
Pacto de Milão
O Pacto de Política Alimentar de Milão é um acordo internacional entre prefeitos, que visa ser uma ferramenta para ações concretas das cidades, lançado na Expo Milão 2015. A lista de 37 ações recomendadas, divididas em seis categorias, traz indicadores de monitoramento de implementação. As categorias são: governança, dietas e nutrição sustentáveis, igualdade social e econômica, produção alimentar, abastecimento alimentar e distribuição e desperdício alimentar.
Algumas atividades do fórum estão sendo transmitidas ao vivo pelo Youtube.
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Entre os temas tratados estão o desperdício de alimentos, resiliência e justiça climática nas cidades, alimentação escolar fomentando a diversidade local e sustentável, alfabetização alimentar como forma de resgate histórico e cultural, políticas alimentares pós-pandemia e agricultura urbana, com troca de experiências.
Na mesa de abertura, a vice-prefeita de Milão, Anna Scavuzzo, destacou que o desafio de evitar desastres climáticos revendo os processos alimentares deve ser enfrentado em conjunto, por toda a humanidade, para promover inclusão social.
“As cidades podem, ou devem, procurar a justiça climática. É isso que nós queremos e o que devemos buscar juntos. Nosso compromisso é aprender uns com os outros. Cada cidade que trabalha por esse objetivo pode providenciar meios para superarmos nosso desafio. Estamos vivendo crises sem precedentes e o Pacto de Milão é uma forma de apoiar os esforços”.
O pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz Valber Frutuoso ressaltou a importância de restaurar os sistemas alimentares sustentáveis, como ferramenta para evitar uma catástrofe climática.
“Entender os sistemas alimentares sustentáveis deve ser feito através da promoção, em conjunto, de políticas para o meio ambiente, políticas de saúde, políticas de transporte, deslocamento e mobilidade, e também de energia. Dada a diversidade de cada território, esses esforços exigirão que as instituições sejam fortes tanto no nível local, nacional e global, de modo que as cidades e os seus cidadãos possam promover mudanças sistêmicas no sistema alimentar urbano”.
FAO
Para o ex-diretor-geral da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), José Graziano da Silva, o Brasil passa por uma situação contraditória, já que o país é campeão em exportação de alimentos ao mesmo tempo que tem 33 milhões de pessoas que passam fome.
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De acordo com o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, os sistemas alimentares representam uma grande parte das emissões globais de gases do efeito estufa e formas mais sustentáveis de produção e distribuição de comida poderiam contribuir para retardar o aquecimento global.
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Pacto de Milão
O Pacto de Política Alimentar de Milão é um acordo internacional entre prefeitos, que visa ser uma ferramenta para ações concretas das cidades, lançado na Expo Milão 2015. A lista de 37 ações recomendadas, divididas em seis categorias, traz indicadores de monitoramento de implementação. As categorias são: governança, dietas e nutrição sustentáveis, igualdade social e econômica, produção alimentar, abastecimento alimentar e distribuição e desperdício alimentar.
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