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string(69) ""O que a imprensa fez com Janja é desonesto", afirma Sílvia Buarque"
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string(6083) "247 – Em entrevista concedida ao Brasil 247 no camarim do teatro em Brasília, pouco antes de subir ao palco com a peça A menina escorrendo dos olhos da mãe, a atriz Sílvia Buarque falou com franqueza sobre temas que vão da arte à política, da maternidade à resistência cultural. A conversa, conduzida por Joaquim de Carvalho, foi ao ar pela TV 247 e ofereceu um retrato sincero de uma artista comprometida com o país e com seu tempo.
Durante o diálogo, Sílvia condenou duramente os ataques recentes à primeira-dama Janja Lula da Silva, que foram alvos de críticas por parte da imprensa após um jantar informal durante a viagem presidencial à China. “A Janja é uma primeira-dama revolucionária... o que a imprensa fez com ela foi desonesto”, afirmou a atriz. “Ela é uma mulher alegre, sociável, preparada, e o que ela traz para o Brasil é tão mais positivo do que certos deslizes ou empolgações que tentam destacar”.
O teatro como ponte de cura e transformação
A peça que levou Sílvia a Brasília — A menina escorrendo dos olhos da mãe, escrita por Daniela Pereira de Carvalho — foi encenada em locais diversos, inclusive no Hospital Sarah Kubitschek. Segundo a atriz, a experiência foi marcante: “Tinham pacientes em cadeiras de rodas, outros fazendo quimioterapia... foi uma troca emocionante, um trabalho social de verdade que a arte pode realizar”, contou. A apresentação no hospital fez parte de um projeto que aproxima a reabilitação da arte.
O espetáculo, que já passou por cidades como Rio de Janeiro, São Paulo e Uberlândia, trata de maneira sensível e profunda temas como maternidade, homofobia, incomunicabilidade e traumas familiares. “É uma peça torta, que não resolve os conflitos, não fecha com um final feliz. Isso é o que me interessa como dramaturgia”, explicou Sílvia.
Ela divide o palco com a atriz Guida Vianna, com quem mantém forte amizade e parceria criativa. “A gente mal se conhecia e virou muito amiga. Nunca tivemos uma rusga durante os ensaios. Guida é o máximo.”
Compromisso político e social
Filha de Chico Buarque e Marieta Severo, Sílvia não foge do debate político. “Sou de esquerda. Acredito em justiça social, defendo o direito ao aborto, cotas raciais, programas sociais como o Bolsa Família”, declarou. A atriz relembrou ainda suas origens no exílio — nasceu em Roma, durante a ditadura militar — e como desde pequena questionava o pai sobre os “mandalhões”, como ele chamava os ditadores.
A artista também refletiu sobre os desafios da esquerda em tempos de avanço conservador. Para ela, pode ser necessário, em algumas situações, modular o discurso para ampliar o diálogo com a sociedade: “Talvez seja necessário se esconder um pouquinho para poder governar. Mas eu, como artista, não preciso fazer isso. Meu papel é ser resistência”.
Ao ser questionada sobre o impacto da ascensão da extrema direita, Sílvia foi direta: “Se acontecer o pior, eu vou ficar aqui. Vou continuar sendo resistência e não vou sair do país. Sou brasileiríssima. Tenho uma filha de 19 anos e não tiraria ela do Brasil por nada”.
Defesa enfática de Janja e críticas à imprensa
Um dos momentos mais contundentes da entrevista veio quando Sílvia comentou os ataques à primeira-dama. “Chamaram o Lula de misógino. Um homem que elegeu a primeira mulher presidenta do Brasil. Isso não dá”, protestou. Para ela, a imprensa que repercute declarações descontextualizadas e omite fatos relevantes — como os acordos firmados na China — presta um desserviço ao país. “Destacar a fala de Janja num jantar privado em vez de cobrir acordos geopolíticos importantes é desonesto”, reforçou.
A atriz comparou Janja a figuras como a ex-primeira-dama Ruth Cardoso e ressaltou seu preparo e papel simbólico na reconstrução do Brasil. “Ela não é a primeira-dama paralisada de vestidinho ao lado do marido. Ela tem vida, tem presença e participa. E isso incomoda”.
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Durante o diálogo, Sílvia condenou duramente os ataques recentes à primeira-dama Janja Lula da Silva, que foram alvos de críticas por parte da imprensa após um jantar informal durante a viagem presidencial à China. “A Janja é uma primeira-dama revolucionária... o que a imprensa fez com ela foi desonesto”, afirmou a atriz. “Ela é uma mulher alegre, sociável, preparada, e o que ela traz para o Brasil é tão mais positivo do que certos deslizes ou empolgações que tentam destacar”.
O teatro como ponte de cura e transformação
A peça que levou Sílvia a Brasília — A menina escorrendo dos olhos da mãe, escrita por Daniela Pereira de Carvalho — foi encenada em locais diversos, inclusive no Hospital Sarah Kubitschek. Segundo a atriz, a experiência foi marcante: “Tinham pacientes em cadeiras de rodas, outros fazendo quimioterapia... foi uma troca emocionante, um trabalho social de verdade que a arte pode realizar”, contou. A apresentação no hospital fez parte de um projeto que aproxima a reabilitação da arte.
O espetáculo, que já passou por cidades como Rio de Janeiro, São Paulo e Uberlândia, trata de maneira sensível e profunda temas como maternidade, homofobia, incomunicabilidade e traumas familiares. “É uma peça torta, que não resolve os conflitos, não fecha com um final feliz. Isso é o que me interessa como dramaturgia”, explicou Sílvia.
Ela divide o palco com a atriz Guida Vianna, com quem mantém forte amizade e parceria criativa. “A gente mal se conhecia e virou muito amiga. Nunca tivemos uma rusga durante os ensaios. Guida é o máximo.”
Compromisso político e social
Filha de Chico Buarque e Marieta Severo, Sílvia não foge do debate político. “Sou de esquerda. Acredito em justiça social, defendo o direito ao aborto, cotas raciais, programas sociais como o Bolsa Família”, declarou. A atriz relembrou ainda suas origens no exílio — nasceu em Roma, durante a ditadura militar — e como desde pequena questionava o pai sobre os “mandalhões”, como ele chamava os ditadores.
A artista também refletiu sobre os desafios da esquerda em tempos de avanço conservador. Para ela, pode ser necessário, em algumas situações, modular o discurso para ampliar o diálogo com a sociedade: “Talvez seja necessário se esconder um pouquinho para poder governar. Mas eu, como artista, não preciso fazer isso. Meu papel é ser resistência”.
Ao ser questionada sobre o impacto da ascensão da extrema direita, Sílvia foi direta: “Se acontecer o pior, eu vou ficar aqui. Vou continuar sendo resistência e não vou sair do país. Sou brasileiríssima. Tenho uma filha de 19 anos e não tiraria ela do Brasil por nada”.
Defesa enfática de Janja e críticas à imprensa
Um dos momentos mais contundentes da entrevista veio quando Sílvia comentou os ataques à primeira-dama. “Chamaram o Lula de misógino. Um homem que elegeu a primeira mulher presidenta do Brasil. Isso não dá”, protestou. Para ela, a imprensa que repercute declarações descontextualizadas e omite fatos relevantes — como os acordos firmados na China — presta um desserviço ao país. “Destacar a fala de Janja num jantar privado em vez de cobrir acordos geopolíticos importantes é desonesto”, reforçou.
A atriz comparou Janja a figuras como a ex-primeira-dama Ruth Cardoso e ressaltou seu preparo e papel simbólico na reconstrução do Brasil. “Ela não é a primeira-dama paralisada de vestidinho ao lado do marido. Ela tem vida, tem presença e participa. E isso incomoda”.