Não é preciso nem se movimentar dentro do ambiente da instalação “Im.Fusion”. Basta mexer os braços ou pernas para que seis sensores captem e criem respostas específicas a estas ações, nos estimulando a interagir com diferentes contextos e ambientes reproduzidos numa sala escura.

A mesma empresa responsável pelo “Im.Fusion”, atração a partir de amanhã do Museu das Minas e do Metal, trouxe a Belo Horizonte, no final do ano passado, no CCBB, a instalação “Museum of Me”, em que os visitantes mergulhavam em centenas de postagens do Instagram pessoal.


“A gente sempre busca, de maneira geral, experiências em que possamos ater uma camada mais profunda de tecnologia. No trabalho anterior, usamos algoritmos, inteligência artificial e informações customizadas dos usuários. Agora a proposta é menos passiva e mais interativa”, afirma Felipe Reif.

Ele é um dos sócios da Deeplab Project, empresa especializada em criação de experiências digitais em escala de arquitetura. Com “Im.Fusion”,  flertam com uma obra lúdica e questionadora, que vale de imagens potentes  para fazer os visitantes pensarem sobre o futuro da humanidade.

São três ambientes que exploram escalas que vão do micro (das moléculas) ao macro (o universo), passando por florestas. “Não queremos dar respostas, mas trazer uma reflexão sobre nossa relação com o meio ambiente, que hoje sofre com uma manipulação excessiva do homem”, registra Reif.


Na sala escura, que tem 5,7 metros de largura, 4 metros de altura, e 10,4 metros de profundidade, as escolhas de movimentos dos visitantes proporcionarão interferências no que estão vendo. “A ideia é mostrar que cada ação nossa interfere no ambiente”, destaca Reif, que já adianta outras duas instalações do tipo para 2021.