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“Em uma manhã de nevoeiro, o regresso de um Rei desaparecido salvaria uma nação em ruínas", a lenda que deu origem ao movimento messiânico Sebastianista em Portugal e, posteriormente, no Brasil, é um dos temas que inspiraram a criação do projeto "Histórias Nordestinas", que tem como um dos idealizadores Manuel Dantas Suassuna, filho do renomado escritor brasileiro Ariano Suassuna. Programação integra o IV Festival Piano & Canto, que começa no feriado (1º) e segue até sábado (3) na Saramenha Artes & Ofícios, em Ouro Preto, região Central de Minas. Toda a programação é gratuita, com acesso liberado conforme a lotação dos espaços.
Uma das motivações para a iniciativa nasceu de uma lenda que atravessou séculos: a do rei D. Sebastião, desaparecido na Batalha de Alcácer-Quibir, em 1578, e cuja volta messiânica salvaria Portugal. Esse mito português se desdobrou no Brasil em diversas expressões religiosas e sociais, como o Sebastianismo — que influenciou, inclusive, o célebre romance "A Pedra do Reino", de Ariano Suassuna. A proposta da imersão retoma o espírito dos antigos festivais, privilegiando o processo criativo e a troca entre artistas e alunos.
“O mito do rei que retorna foi reinterpretado em solo brasileiro com uma potência simbólica única. Desencadeou movimentos, crenças e até tragédias reais, como o massacre na Serra do Catolé, em Pernambuco”, explica Paulo Rogério Lage, outro idealizador da roda de conversa sobre histórias nordestinas. Lages é ex-presidente da Rádio Inconfidência e ex-diretor do Palácio das Artes, ex-diretor de cena do Grupo Corpo e de "Valencianas”, com a Orquestra Ouro Preto.
Outros marcos da história e da memória do sertão
Além da Pedra do Reino, o projeto traz à tona outros marcos da história e da memória do sertão: Canudos e o Cangaço. O primeiro tornou-se símbolo de resistência popular contra o abandono do Estado e os abusos de poder da época, o fim do século XIX. O povoado fundado por Antônio Conselheiro reunia ex-escravizados, sertanejos, cangaceiros e outros grupos marginalizados pelo sistema. A brutal repressão por parte do exército, em 1896 e 1897, resultou em uma dos capítulos marcantes da História do Brasil.
Já o Cangaço, com figuras como Lampião e Maria Bonita, foi para uns um movimento de banditismo social. Para outros, expressão de revolta contra a injustiça e a miséria no semiárido nordestino.
“É uma reflexão que surgiu de conversas com o Paulo Rogério sobre os três temas e sobre os principais acontecimentos que marcaram a história do Brasil e do Nordeste. Nosso conhecimento sobre o assunto veio após anos de tradição oral e intensa pesquisa em livros”, conta o neto de Suassuna.
Um Festival plural na cidade histórica
A programação do Festival Piano & Canto vai além dos debates. Na sexta-feira (2) o público confere a exibição inédita em Minas Gerais do documentário Olinda Sacra – Um Olhar Mineiro, dirigido por Paulo Rogério Lage. Com imagens raras do Mosteiro de São Bento e do Convento de São Francisco, a obra revela aspectos pouco explorados da religiosidade popular de Olinda. Outro ponto alto da programação será a residência artística com a pianista Maria Teresa Madeira, um dos maiores nomes da música erudita brasileira na atualidade.
Confira a programação em www.saramenhaarteseoficios.com.br
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Uma das motivações para a iniciativa nasceu de uma lenda que atravessou séculos: a do rei D. Sebastião, desaparecido na Batalha de Alcácer-Quibir, em 1578, e cuja volta messiânica salvaria Portugal. Esse mito português se desdobrou no Brasil em diversas expressões religiosas e sociais, como o Sebastianismo — que influenciou, inclusive, o célebre romance "A Pedra do Reino", de Ariano Suassuna. A proposta da imersão retoma o espírito dos antigos festivais, privilegiando o processo criativo e a troca entre artistas e alunos.
“O mito do rei que retorna foi reinterpretado em solo brasileiro com uma potência simbólica única. Desencadeou movimentos, crenças e até tragédias reais, como o massacre na Serra do Catolé, em Pernambuco”, explica Paulo Rogério Lage, outro idealizador da roda de conversa sobre histórias nordestinas. Lages é ex-presidente da Rádio Inconfidência e ex-diretor do Palácio das Artes, ex-diretor de cena do Grupo Corpo e de "Valencianas”, com a Orquestra Ouro Preto.
Outros marcos da história e da memória do sertão
Além da Pedra do Reino, o projeto traz à tona outros marcos da história e da memória do sertão: Canudos e o Cangaço. O primeiro tornou-se símbolo de resistência popular contra o abandono do Estado e os abusos de poder da época, o fim do século XIX. O povoado fundado por Antônio Conselheiro reunia ex-escravizados, sertanejos, cangaceiros e outros grupos marginalizados pelo sistema. A brutal repressão por parte do exército, em 1896 e 1897, resultou em uma dos capítulos marcantes da História do Brasil.
Já o Cangaço, com figuras como Lampião e Maria Bonita, foi para uns um movimento de banditismo social. Para outros, expressão de revolta contra a injustiça e a miséria no semiárido nordestino.
“É uma reflexão que surgiu de conversas com o Paulo Rogério sobre os três temas e sobre os principais acontecimentos que marcaram a história do Brasil e do Nordeste. Nosso conhecimento sobre o assunto veio após anos de tradição oral e intensa pesquisa em livros”, conta o neto de Suassuna.
Um Festival plural na cidade histórica
A programação do Festival Piano & Canto vai além dos debates. Na sexta-feira (2) o público confere a exibição inédita em Minas Gerais do documentário Olinda Sacra – Um Olhar Mineiro, dirigido por Paulo Rogério Lage. Com imagens raras do Mosteiro de São Bento e do Convento de São Francisco, a obra revela aspectos pouco explorados da religiosidade popular de Olinda. Outro ponto alto da programação será a residência artística com a pianista Maria Teresa Madeira, um dos maiores nomes da música erudita brasileira na atualidade.
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