Pesquisadores de psicologia e nutrição da Universidade de Carolina de Norte, sugerem que o treino muito intenso ou durante muito tempo está correlacionado com o decréscimo do desejo sexual. 

 
Conforme explica o médico Tierney Lorenz à revista Women’s Helth UK, a excitação depende do fluxo de sangue na zona genital pelo que, qualquer atividade que promova este fluxo sanguíneo – exercício físico inclusive-, poderá levar a esta sensação sexual, que se associa ao sistema nervoso simpático (SNS).

Tal levaria, a primeira vista, à noção de que o exercício físico aumentaria a libido. E, sim essa inferência é verdadeira, desde que não exceda o pico máximo do SNS. Contudo, o que se verifica com muita frequência é o chamado U invertido, quando o exercício físico em excesso leva a valores muito elevados de SNS que inibem a expressão normal e adequada da libido. 

Segundo Harkirat Mahal, CEO do site MotivatePT, é cada vez mais frequente verificar-se o U invertido nas mulheres, visto que a prática de exercício é cada vez mais prevalecente neste grupo - desde treinos de força, cardio e corrida. 

Além disso, as mulheres tendem a ser mais sensíveis do que os homens quando expostas ao exercício físico, o que se revê em baixos níveis de estrogênio e testosterona, que está presente no organismo da mulher, ainda que em menor quantidade que nos homens. Além da falta de apetite sexual, tal efeito pode também se traduzir em dificuldades de reprodução, uma vez que o corpo humano precisa de uma certa quantidade de gordura para manter os níveis certos de hormônios do sistema reprodutivo.