No dia 24 de fevereiro de 2022 as tropas Russas romperam a fronteira da Ucrânia e começaram uma invasão que vinha sendo ameaçada há vários meses. O mundo se assustou, as TVs do todo o mundo passaram a noticiar os fatos e principalmente a fuga da população civil ucraniana assustada e desamparada. Era o início da marcha das tropas russas sobre o território Ucraniano. Já são quase 17 meses de guerra, com perdas enormes em termos humanos e econômicos. Ninguém sabe ao certo qual o número de mortos no conflito. Agência e organismos internacionais tem números conflitantes. Falam em 10 mil mortes do lado Ucraniano e 35 mil do lado Russo. Só que a guerra continua. A Rússia está cambaleando, a Ucrânia destruída e o mundo segue sua rotina. Quase ninguém fala mais sobre o assunto.
O impacto dessa guerra estranha com gente esquisita na economia mundial só não está sendo maior por dois motivos. O primeiro foi que os dois lados, com apoio da Organização das Nações Unidas (ONU) e da Turquia, conseguiram estabelecer um acordo para permitir a exportação de grãos. O segundo motivo é que esses mercados se adaptam rapidamente a novos cenários. A economia da Ucrânia depende da agricultura e, antes da guerra, 75 por cento de suas exportações de grãos passavam pelo Mar Negro. Segundo estimativas das agências internacionais de alimentos e do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, o acordo permitiu que a Ucrânia exportasse cerca de 33 milhões de toneladas de grãos. Agora, com a não-renovação do acordo, esse fornecimento está ameaçado.
Essa decisão tem duas consequências graves. Uma delas é humanitária. A Ucrânia é um fornecedor estratégico para países do Oriente Médio, da África e do Sul da Ásia. Várias dessas nações têm fragilidades alimentares estruturais. E em poucos dias de sua população pode passar fome sem os grãos ucranianos. Por isso as lideranças mundiais se mobilizaram para resolver o impasse. A segunda consequência é econômica. Os especialistas no mercado internacional de grãos não esperam, pelo menos agora, um aumento duradouro no custo de commodities como o trigo porque há grãos suficientes. Mesmo assim, o aumento de preços está tornando competitivas exportações de países como Argentina e Brasil, que são mais distantes da Europa, mas que podem ganhar com a abertura dos mercados para cobrir o déficit deixado pelas exportações da Ucrânia.
O mundo pós pandemia está diferente. A tal globalização não está sabendo ao certo que rumo tomar, independente do fim da guerra ou não. A Ucrânia conta com apoio dos EUA, União Europeia e da OTAN - Organização dos Tratados do Atlântico Norte. A Rússia tem apoio de pequenos e pouco influentes países e “pensa” que a China está do seu lado. Mesmo com todo bloqueio econômico e financeiro a economia Russa segue resistindo. O povo russo segue sem muitas informações da guerra, o povo ucraniano sobre e observa a saída de mais de 4 milhões de pessoas que buscam refúgio em países seguros na vizinhança. O certo é que a Rússia começou uma guerra e agora não sabe como terminar. Para o mundo tem a guerra, mas está tudo normal. Cada país cuidando do seu umbigo.