Com a popularidade mês a mês em queda, o presidente Jair Bolsonaro (PL) vai recorrer à estratégia de seus antecessores para tentar chegar a 2022, quando pretende disputar a reeleição, com maiores índices de aprovação de seu governo. Escalou quatro ministros - Ciro Nogueira (Casa Civil); João Roma (Cidadania); Paulo Guedes (Economia) e Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional) -, para mapearem os recursos de programas sociais que estão represados e ações de ministérios que podem ser ampliadas. Recentes sondagens apontam que a aprovação de Bolsonaro está no nível mais baixo desde quando assumiu a Presidência. 

Habite

Nas conversas, Bolsonaro tem citado iniciativas “bem-sucedidas”, como o Programa Habite Seguro, já em vigor, que permite aos profissionais de segurança pública solicitar um crédito com subsídios e condições especiais para financiamento da casa própria de até R$ 300 mil.

Vale-gás

Em outra ofensiva para tentar aplacar a queda de popularidade, o presidente Jair Bolsonaro enviou um projeto de lei ao Congresso Nacional para pedir a abertura de crédito especial de R$ 300 milhões para pagar vale-gás, inicialmente, para 5 mil famílias.

Ausente 

O ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, não perde oportunidade de estar junto nas agendas do presidente Bolsonaro. Mas não foi à cerimônia de filiação ao PL, em Brasília. Ausência esperada: causaria desconforto a presença do general que já associou o Centrão a ladrões. 

Detratores 

Durante a sabatina no Senado, o ex-ministro André Mendonça defendeu a liberdade de imprensa. No entanto, estava no comando da Justiça quando foi revelado que o Governo produziu um relatório de monitoramento no qual classificou jornalistas e influenciadores nas redes sociais como detratores, neutros informativos e favoráveis (ao governo). 

Inquéritos

O ex-ministro também solicitou à Polícia Federal a abertura de inquéritos - com base na Lei de Segurança Nacional (LSN), criada na ditadura militar - para investigar jornalistas, escritores e outros críticos ao governo. 

Bifurcação 

O ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, tem boas chances de garantir uma vaga no Senado se concorrer pelo estado de Goiás. Não é o plano do presidente Jair Bolsonaro, agora no PL, que projeta lançá-lo para a disputa ao governo de São Paulo. 

Um manda... 

O ministro resiste, pois não tem eleitorado para se aventurar na corrida ao governo estadual. Mas costuma seguir à risca a clássica frase do ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, sobre Bolsonaro: “Um manda e o outro obedece”.
 
Certificado 

Com o avanço da variante ômicron do coronavírus, secretários estaduais e municipais de saúde, representados pelo Conas e Conasems, aumentam a pressão sobre o governo federal para que seja exigido o certificado de vacinação para a entrada de viajantes no Brasil. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) já recomendou a adoção da medida, ignorada pelo Ministério da Saúde. 

Impasse 

Diante do impasse, a Comissão de Seguridade da Câmara aprovou requerimento para que o ministro Marcelo Queiroga e o presidente da Anvisa, Antônio Barra Torres, compareçam ao colegiado para prestarem esclarecimentos sobre a divergência em torno da exigência do certificado. 

Em alta

O volume de comércio e mercadorias entre Brasil e China atingiu US$ 125 bilhões nos três primeiros trimestres de 2021, com crescimento de 44% em relação ao mesmo período do ano passado. O dado consta em levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). No período entre 2007 e 2020, as empresas chinesas investiram US$ 66 bilhões na América Latina. O Brasil foi o destino de 47% dos investimentos chineses.