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Praça Tiradentes, centro de Ouro Preto/Foto/ Alan Rodrigues

A terceira edição do SEMPAT está prevista para o segundo semestre de 2021

 

O segundo semestre de 2021 promete ser mais do que especial para os mineiros. Ouro Preto, com seu traçado marcante e sua importância histórica, foi escolhida para sediar o III Seminário Internacional sobre Patrimônio e Turismo no Mercosul (III SEMPAT). O evento tem o objetivo de debater soluções para a preservação dos sítios culturais e o fomento ao turismo no pós-pandemia.

Ouro Preto é uma das primeiras cidades tombadas pelo Iphan, em 1938, e o primeiro município brasileiro a receber o título de Patrimônio Mundial da Unesco, em 1981. E, com toda essa bagagem histórica, receberá a edição do evento que discutirá o Patrimônio Cultural em sua intersecção com a economia e o desenvolvimento sustentável, colocando a preservação do patrimônio no centro desse debate.

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As ladeiras e o barroco de Ouro Preto encantam os turistas. Divulgação

 

 Além de receber o III SEMPAT no ano que vem, o Brasil exercerá a presidência pro tempore do Mercosul Cultural (criado em 2012), que conta como membros os países Argentina, Paraguai e Uruguai. Bolívia, Chile, Equador, Peru e Colômbia participam como membros associados. Isso significa que o país protagonizará ações de convergência e integração regional durante o pós-pandemia de Covid-19, quando a colaboração internacional será central.

O Mercosul Cultural reúne ministros da Cultura e das outras instâncias especializadas dos países que formam o Mercosul e mantém a Comissão de Patrimônio Cultural (CPC). É composto - além da Reunião de Ministros da Cultura (RMC) e da CPC - pelos representantes do Comitê Coordenador Regional (CCR), Secretaria do Mercosul Cultural (SMC), Comissão de Diversidade Cultural (CDC), Comissão de Economia Criativa e Indústrias Culturais (Cecic) e Fórum do Sistema de Informação Cultural do Mercosul (Sicsur).

 

 Os impactos da pandemia no turismo religioso

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Santuário Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, em Aparecida do Norte.

Foto/Divulgação

 

Os impactos da pandemia do novo coronavírus no Turismo Religioso foi o tema da 4ª edição do Fórum Nacional do segmento, realizado este mês. O evento foi transmitido no facebook e youtube do Fórum e contou com a participação de membros da academia, jornalistas e empresários desse setor que é um dos principais do país. De acordo com o Departamento de Estudos e Pesquisas do Ministério do Turismo, anualmente são feitas 17,7 milhões de viagens domésticas movidas pela fé (turistas, sem contar excursionistas). 

Para um dos organizadores do evento, Sidnésio Moura, o momento é propício para que se discuta o futuro do segmento no país, visto a sua importância para todo o setor. “O Turismo Religioso é um segmento dentro do Turismo que está em ascensão. Desde o ano de 2015, o Brasil buscou voltar sua atenção para este segmento. Daí a necessidade do Fórum Nacional de Turismo Religioso para debater os caminhos do Turismo Religioso no Brasil”, destacou. 

Entre os convidados do fórum, estiveram um dos principais líderes ciganos mundial, Zarco Fernandes; o presidente da Associação Muçulmana do Rio Grande do Norte, Muhamad Taufik; o coordenador da Pastoral do Turismo Nacional, padre Manoel Filho; e o professor doutor em Turismo e Hospitalidade, Eduardo Taborda. Além dos palestrantes, os interessados poderão conferir uma mesa de debate sob o tema “As Religiões e o Turismo Religioso”, que será moderada pelo co-presidente da Missão Somos Um e Fundador da Comunidade Católica Coração Novo-RJ, Izaias Carneiro 

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 Santuário Basílica Nossa Senhora da Piedade, em Caeté, Minas Gerais, menor Basílica do mundo.

 Crédito/ Henrique Caetano

 

Os roteiros de fé e peregrinação são fortes incentivadores de pequenos negócios e investimentos, movimentando economias locais em setores como indústria, comércio, serviços e artesanato, com geração de emprego e renda em todas as regiões do país. O Brasil conta com diversos eventos e atrativos religiosos que arrematam multidões e há casos em que duas ou mais religiões se misturam num mesmo evento. Se fizermos um tour pelo turismo religioso no Brasil, vamos perceber a diversidade de opções que o país oferece.

 

Movimento dos hotéis em MG

ABIH-MG divulga balanço  do setor e fechamentos de hotéis Na capital, 32,5% dos hotéis estão fechados e, no estado, esse número sobe para 64%. Desde março, mais de 6 mil pessoas que trabalhavam no setor foram demitidas.

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Na região metropolitana de Belo Horizonte residem cerca de 6 milhões de habitantes

Foto/Divulgação

 

O setor hoteleiro continua sofrendo com os efeitos provocados pela pandemia. O balanço feito pela Associação Brasileira da Indústria de Hotéis de Minas Gerais (ABIH-MG) aponta que, em maio, somente em Belo Horizonte, dos 132 hotéis que estavam em funcionamento na cidade antes de março, 43 paralisaram suas atividades, sendo que 8 seguem sem previsão de quando voltarão a reabrir. Ou seja, a capital mineira perdeu 32,5% de sua hospedagem e mais de 3 mil funcionários foram já demitidos durante esse período. No estado, a situação não é diferente, dos 3.971 estabelecimentos funcionavam em Minas Gerais, 2.540 foram fechados (64%) e as demissões ultrapassam mais de 6 mil pessoas, segundo o consultor afiliado a ABIH-MG Maarten Van Sluys.

O presidente da ABIH-MG, Guilherme Sanson, diz que o setor está passando por um dos piores momentos de sua história. “Durante a Copa Mundo, tivemos um grande momento de expansão da hotelaria tanto em Minas Gerais quanto em Belo Horizonte, porém, agora, com a crise do coronovírus todo esse investimento foi perdido, estamos retrocedendo e sofrendo com um grande efeito dominó em toda a cadeia”. E, para tentar ajudar os hotéis a voltarem as suas atividades normais com segurança para os hóspedes e funcionários, a ABIH-MG lançou um manual com protocolos de higienização e limpeza. “O setor está tentando sobreviver aos efeitos provocados pela pandemia da melhor maneira possível e estamos nos adaptando à nova realidade, seja adotando novas convenções de higienização ou transformando alguns hotéis em workspace”.

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Complexo da Pampulha, uma das atrações da capital mineira/ Foto/ Breno Pataro/

Portal BH

 

Entre os hotéis que estavam fechados desde o começo de março, 10 voltaram a funcionar em junho. Ibis Contagem Ceasa, San Diego Barro Preto, San Diego Lourdes, San Diego Mid Pampulha, Eldorado Flat, Hotel Amazonas, Stop Inn Plus Pampulha, Royal Boutique Savassi, Pampulha Lieu e Pousada Sossego da Pampulha reabriram as suas portas para receber novos hóspedes neste mês. “É uma tentativa de voltar à uma possível normalidade, mas sempre respeitando a nova realidade que estamos enfrentando”, destaca Sanson.    

Além dos hotéis e pousadas, as unidades habitacionais (UHs) também estão sofrendo com a crise. Antes da pandemia, haviam 14.184 UHs em funcionamento na Grande BH. Já em maio, 4.934 permanecem inativos, ou seja, houve uma queda 34,1% das ofertas de quartos.

Em maio, Belo Horizonte perdeu seu hotel número 1 no ranking do Trip Advisor. O eSuites Sion, que foi inaugurado antes da Copa do Mundo de 2014, possuía 80 apartamentos e 43 funcionários diretos.

132 hotéis de Belo Horizonte, 32,5% dos hotéis suspenderam suas atividades; Em Minas Gerais, dos 3.969 hotéis que estavam em atividade no começo de março, 2.540 fecharam; Em 2019, os serviços turísticos apresentaram um total de 2.962.951 trabalhadores no país segundo a pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Destes 1,9 milhão, cerca de 66, 1%, atua na hotelaria e alimentação. Minas é o segundo da federação com o maior número de estabelecimentos ligados à atividade, 127 mil empresas; Terceiro com o maior número de empregos na área, 401 mil pessoas atuando no setor; Representatividade do Setor de Turismo em Minas Gerais: 3,09%.

 

Sustentabilidade, tecnologia e espiritualidade no Festuris

Em sua 32ª edição, a Feira Internacional de Turismo de Gramado (FESTURIS) continua pautando sua atuação no mercado com base nas tendências mundiais e de olho no futuro do setor. Diante disso, as bandeiras que guiarão o evento deste ano são a sustentabilidade, a espiritualidade e a tecnologia. Todas já integraram a segmentação da feira ao longo de suas três décadas, mas terão uma atenção prioritária nesta edição. O evento ocorre de 5 a 8 de novembro de 2020, em Gramado.

 

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Os números da última edição consolidaram o FESTURIS como a mais importante feira de negócios turísticos da América do Sul. Foram mais de 65 destinos internacionais, 17 mil participantes e 2.700 marcas expostas. Neste ano, segundo os organizadores, a meta é superar todos os índices e surpreender os participantes com o lançamento de tendências do setor do turismo. A aposta na segmentação continua sendo um dos diferenciais da feira, que terá um layout repaginado, muito conteúdo e experiências.

As novidades da feira estão sincronizadas com o pensamento no futuro do turismo. As questões relacionadas à sustentabilidade se tornaram centrais no mundo inteiro. Vão muito além de ações, são uma provocação para uma mudança cultural e de comportamento da sociedade. O FESTURIS entende a preocupação latente das novas gerações com a sustentabilidade e acredita que o desenvolvimento do turismo depende de propostas sustentáveis.

A espiritualidade será outro alicerce do evento, indo ao encontro da crescente necessidade de conhecer a si próprio em um mundo cada vez mais acelerado e tecnológico. Essa busca vem através de muitas formas, não apenas da religião propriamente dita. Viagens transformadoras e experiências únicas têm sido a motivação de grande parte dos turistas. No turismo, a espiritualidade se apresenta através de produtos inseridos nos destinos, que começam a ampliar seu olhar para esse público.

Para o FESTURIS a tecnologia também não é mais apenas um negócio do futuro – já faz parte de nosso dia a dia. O mundo está mudando e quem acompanha as transformações sai em vantagem no mercado turístico. As empresas investem cada vez mais em produtos inovadores e disruptivos. A feira identificou essa oportunidade e lançará um espaço de tecnologia e inovação, voltado para startups, empresas de software, destinos inteligentes e demais negócios que apostam na tecnologia para transformar o ecossistema de viagens e turismo.

Outras novidades do FESTURIS 2020 estão sendo projetadas e devem ser divulgadas em breve. Entre as confirmadas está uma ação que se chamará “Os Mais de 30”, provocando um encontro e homenagem aos participantes que frequentam o evento há 30 anos ininterruptos. Também está confirmado um novo casamento de agentes de viagens dentro do espaço Wedding. E, além disso, o Meeting FESTURIS apresentará mais uma vez um novo formato, agora com a possibilidade de agilização de negócios. Mais informações sobre o evento no site: www.festurisgramado.com.

 

 Coluna MINAS TURISMO GERAIS Jornalista Sérgio Moreira informações para sergio51moreira@bol.com.br    @sergiomoreira63