As manifestações políticas que sacudiram as ruas do país em 2013 já completaram 6 anos. Naquele ano a inflação anual ficou em 5,91%, a economia cresceu 1,7% ante 3% no ano anterior e o índice de desemprego ficou em 5,3% segundo o IBGE.

De lá para cá a economia passou por uma forte recessão econômica, que durou 2 anos e meio e está chegando agora ao final de 2019 no terceiro ano de estagnação. Neste momento as projeções indicam que a inflação anual ficará em torno de 3,7%, o crescimento da economia deve ser de pífios 0,8% e o índice de desempregados deverá ficar em torno de 12% – 12,8 milhões de pessoas.

Podemos observar no plano macro da economia, retratado pela amostra desses três indicadores, que as coisas pioraram. Sugiro que olhemos também o nível micro da economia ao longo desse mesmo período para que possamos perceber qual foi o impacto de tudo isso no cotidiano das pessoas, nas organizações em que trabalham ou trabalharam. Para facilitar esta avaliação podemos também observar uma amostra de 3 indicadores. Em primeiro lugar é importante saber se a organização para a qual você trabalhava em 2013 se manteve no mercado até o momento ou se encolheu e depois quebrou.

O segundo indicador é verificar as condições em que o trabalho foi e está sendo feito, qual o seu nível de resiliência para enfrentar as pressões diárias vindas de chefes comandantes (e não líderes) e como ficou a sua remuneração anual perante todas as alegadas dificuldades enfrentadas pelo seu empregador no mercado. Uma terceira variável pode ser contar nos dedos da mão quantas vezes você teve vontade de ter seu próprio negócio após ouvir “pataquaras” ou falações autoritárias de chefes comandantes no melhor estilo de “manda quem pode e obedece quem tem juízo”.

Mas se é nas dificuldades que a gente se prova o que nos resta é não nos sentirmos vencidos para melhor prosseguir em busca de melhores condições vida e trabalho numa conjuntura que exige estratégias de sobrevivência, mesmo diante de tantas incertezas.