O coronavírus foi politizado, mesmo sem filiação partidária. Bastou desembarcar no Brasil para ser rotulado por muitos como um militante comunista, já que sua origem é a cidade chinesa de Wuhan, capital da província de Hubei, que tinha 11 milhões de habitantes antes da epidemia, que se transformou numa grande pandemia que já causou a morte de milhares de habitantes em todo mundo.
Por onde passou o coronavirus deixou rastros de tristeza e dor. Mostrou um efeito devastador em face da sua grande letalidade, principalmente em pessoas com doenças pré-existentes. Mas há de se observar um detalhe importante neste vírus, que atravessou o mundo e desembarcou sem pedir licença neste país chamado Brasil. Aqui chegando. o visitante foi taxado de comunista por simpatizantes de determinado grupo.
Já outro grupo que se opõe ao primeiro, acredita que a sua disseminação em terras brasileiras aconteceu por não darem ao ilustre visitante o tratamento que merecia, ou seja, que fosse tratado com os devidos cuidados que o representante chinês em solo verde-amarelo merecia. No início foi avaliado como um propagador de uma simples “gripezinha”. Isto foi o bastante para que o ilustre visitante se sentisse desvalorizado.
O danado do chinesinho tomou corpo, cresceu e mostrou todo seu poderio de letalidade. Mesmo sem ter filiação partidária, e sem vínculo político, o coronavírus é tratado como simpatizante e militante daqueles que jogam contra o patrimônio do “grande chefe”. O país do futebol não perderia jamais a oportunidade de se dividir em torcidas organizadas em face do comportamento do Covid-19.
Para o lado dos opositores, o coronavirus é coisa de comunista; já para o outro lado da turma que não gosta do “grande chefe”, o visitante chinês é a prova cabal que este país não tem compromisso com uma coisa fundamental, que é o respeito à vida dos brasileiros. No Brasil é assim, até um vírus que vem provocando a morte de milhares de pessoas já recebeu seu registro eleitoral e está firme para enfrentar as urnas este ano. Politizaram o vírus.