Segundo um dos fundamentos da gestão de negócios cabe ao cliente avaliar e dar uma nota aos bens e serviços que recebe de seus fornecedores. Como tem se dado isso em relação aos profissionais da área da saúde contratados para a prestação de serviços de maneira verbal ou formalizada em contrato? Especificamente na área da medicina, qual é o nível de satisfação dos clientes, que são atendidos com o nome de pacientes, muitos deles sentindo na pele a sensação de que a passividade seria inerente à relação médico (doutor) – paciente?
Uma abordagem interessante está no artigo “Método clínico centrado na pessoa”, escrito por Cristina Almeida e publicado no blog Viva Bem do portal UOL.
“O que caracteriza essa prática é que ela foca no aspecto essencial do cuidado, ou seja, busca atender às necessidades do paciente para além da queixa que o levou ao consultório.
De acordo com um artigo publicado no periódico Cadernos de Saúde Pública, é como se o diagnóstico fosse colocado entre parênteses, para, antes, considerar o ser humano vivendo suas incertezas, medos, angústias, entre outros aspectos que compõem a sua vida. A ideia é colocar a ciência —ferramenta que poderá ou não ser utilizada— a serviço desse paciente, que é único.
“O MCCP nos ajuda a fazer uma consulta que estimula o maior entendimento da pessoa, do seu processo de adoecimento em todos os níveis, visando um cuidado mais assertivo”, completa a médica de família e comunidade Zeliete Zambon, presidente da SBMFC (Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade).
A partir daí, constrói-se, junto ao paciente, um plano de corresponsabilidade —que também é um exercício de cidadania— no tratamento, que o coloca sempre como pessoa autônoma e protagonista da sua própria saúde.”
O aniversário do Tonho da Tininha
Digamos que hoje seja o aniversário de nascimento de seu pai. O que poderia ser feito para celebrar a data, principalmente se ele prossegue em sua trajetória de pai ou também avô, por exemplo? E se ele já partiu para outro plano espiritual, ou mesmo, se conviveu pouco ou quase nada com você?
Nesse sentido é interessante a leitura do artigo “Uma pausa para falar do meu pai”, que Julia Rocha escreveu para homenagear seu pai.
“Meu pai também me ensinou a ser resiliente. Quando o diabetes lhe rendeu pontes de safena e um AVC, ele comprou uma bengala e com ela seguiu fazendo suas caminhadas diárias. Quando a visão prejudicada lhe impediu de estudar, coisa que ele ama fazer, meu pai comprou um abajur e uma lupa e seguiu lendo avidamente! Quando os passos foram ficando lentos, ele começou a caminhar no quintal ou de mãos dadas com a minha mãe na rua de casa. Quando não dava mais para caminhar até a banca do jogo de bicho, seu único e irremediável vício, ele logo conseguiu o celular do rapaz que fazia suas combinações e agora meu velho se gaba de jogar no bicho “online”.
Em tempos tão duros em que tantas pessoas sofrem pela ausência antecipada de seus pais, ter o Tonho da Tininha tão pertinho é um imenso privilégio. Ora rabugento, ora cheio de graça, meu pai segue sendo pra mim um exemplo de solidariedade, de luta e de amor.”