Foto: Agência Brasil

A crise política e econômica que afeta a vida do brasileiro vem criando novas formas de sobrevivência para os milhares de desempregados no Brasil.  Estamos diante de uma situação em que procurar um emprego virou uma verdadeira maratona para os que buscam uma colocação no mercado de trabalho. Profissionais de várias áreas estão indo para o mercado informal, já que não encontram trabalho em suas atividades anteriores. O aplicativo Uber emprega hoje mais de 500 mil profissionais de ramos diversos.  É uma alternativa para quem busca uma forma de sobreviver num país com mais de 12 milhões de desempregados.

As ruas e avenidas estão sendo disputadas por jovens que vendem de tudo que for possível para conseguir uma ocupação e trabalho informal, e muitas vezes ajudar na própria renda familiar. Esses jovens encontram no mercado alternativo uma forma de enfrentar as dificuldades pessoais e financeiras que atingem grande parte da população. Esta crise que afeta milhares de brasileiros não tem data para terminar. A política do governo federal não enxerga essa massa de jovens desempregados, que tem como meta atender as necessidades dos grandes grupos econômicos e do sistema financeiro.

Os lucros desses grandes conglomerados não representam novas vagas de emprego no mercado formal. As especulações financeiras estão sempre acima dos investimentos do setor produtivo, com isto, a criação de novas vagas no mercado de trabalho ficam prejudicadas, já que a política rentista privilegia o capital em detrimento do trabalho. Sem emprego e sem alternativa, os jovens brasileiros estão enfrentando cada vez mais os dissabores de uma economia voltada para a recessão, onde no momento não se vislumbra um cenário promissor e positivo. Sem oportunidade e condições de conseguir enfrentar essas dificuldades, muitos brasileiros estão buscando novas alternativas de sobrevivência.

É comum encontrar nos cruzamentos de ruas e avenidas espalhadas pelo Brasil, um exército de desempregados que disputam espaços entre pedestres e veículos. Vendem de tudo que for possível para agradar os clientes de ocasião, que compram desde doces, balas, flanelas, panos de pratos e outras mercadorias. É uma luta hercúlea em busca de melhores condições de vida, mas sempre enfrentando os desafios diários de uma política de governo que não atende aos interesses nacionais.

Essa situação conduz muitos jovens para a marginalidade, onde o tráfico de drogas é o maior patrão para aqueles que não encontram oportunidade de trabalho.  Sem perspectivas de melhorar de vida, tentam se manter através de atividades ilícitas que os levam para o caminho do crime. Muitos encontram a morte, enquanto outros se tornam frequentadores contumazes de um sistema prisional corrupto e apodrecido. Dessa forma, é claro e evidente que sem uma política que gere emprego e renda, essa juventude que está cada vez mais fadada às intempéries de um governo que não apresenta um programa direcionado ao ‘Primeiro Emprego’.

Dessa forma, urge que as grandes empresas desenvolvam juntamente com os governos federal, estadual e municipal, um plano de ação que possibilite gerar emprego e renda aos milhares de jovens, que lutam diariamente por uma vaga no mercado de trabalho, antes que os patrões do tráfico os contratem. É a lei da sobrevivência!