Sempre destacamos que o futebol é o esporte da paixão dos brasileiros. O grito de campeão sempre está na garganta do torcedor que é apaixonado pelas cores de seu time do coração. Infelizmente alguns jogadores de futebol estão manchando a sua vida profissional, com a venda de jogadas durantes as partidas para que os apostadores em empresas de casas de apostas eletrônicas sejam beneficiados com suas jogadas “suspeitas”. O Ministério Público dos Estados está entrando firme nos jogos suspeitos, e felizmente estão flagrando os péssimos exemplos dos jogadores manipuladores. O jogador tem que jogar bola, mutreta nunca, tem de ter ética!

O movimento financeiro a cada dia na popularização das apostas esportivas pelo país vem trazendo muito dinheiro ao futebol, de diversas maneiras, com patrocínios nas camisas dos clubes, pelos naming rights, as denominações dos nomes nas competições e pelas propagandas em diversos veículos de comunicação.

O péssimo exemplo de jogadores, está tendo os “olhos” atentos na investigação do Ministério Público. Os jogos estão sendo analisados nos últimos meses, e os casos de manipulação de resultados, ou ao menos as suspeitas se ampliam no futebol nacional. O futebol brasileiro movimenta dezenas de clubes em todos os 26 estados e Distrito Federal, com competições nas séries A, B, C e D que movimentam muito dinheiro. Mas a situação dos jogadores em grande maioria dos atletas atua por um salário mínimo, poucos jogadores são beneficiados com vultuosos salários, para quem ganha pouco salário, não é preciso pensar muito para perceber que alguns esquemas de dinheiro fácil são tentadores. O Ministério Público criou uma operação especial pelos estados, chamada de Operação Penalidade Máxima II, que está sendo atuada em seis estados.

A Operação Penalidade Máxima I começou pelo Ministério Público do Estado de Goiás, agora vem sendo realizada em outros estados, onde há suspeitas de manipulação de resultados em partidas do Campeonato Brasileiro.

Já foram checadas cinco partidas da Série A de 2022 que estariam envolvidas. Foram cumpridos três mandados de prisão preventiva, além de 20 mandados de busca e apreensão. Quatro suspeitos são jogadores profissionais: o zagueiro Victor Ramos, o zagueiro Kevin Lomónaco, o lateral esquerdo Igor Cariús e o meia Gabriel Tota. Mais um atleta, de nome não revelado, também foi alvo da operação.

O Ministério Público para continuar as analises nas partidas, vem mantendo sigilo nas analises , e não foram mencionados quais os cinco jogos da Série A que estão sob suspeita. No entanto, estatísticas dessas partidas teriam sido manipuladas a partir das ações do mau exemplo dos jogadores em campo, para beneficiar os apostadores, não apenas em questão de resultado, mas também no número de escanteios ou de cartões, pênaltis durantes as partidas por exemplo.

Também estão sendo analisados jogos dos estaduais de 2022 em quatro estados: Goiás, Rio Grande do Sul, Mato Grosso e São Paulo. Os péssimos exemplos desses jogadores suspeitos ganhavam de R$50 mil a R$100 mil para provocar lances específicos nas partidas e, assim, beneficiar os criminosos envolvidos nas apostas. Os lucros eram obtidos de diferentes sites de apostas eletrônicas, inclusive através de pessoas conhecidas como laranjas.

A Operação Penalidade Máxima teve início em fevereiro deste ano, com suspeitas sobre partidas da Série B de 2022. Jogadores estariam envolvidos na manipulação de três partidas da última rodada do Campeonato Brasileiro da série B. Cada atleta, se podemos chamar estes jogadores de atletas são suspeitos de terem recebido R$150 mil. Pelo levantamento do Ministério público, os jogadores teriam tomado decisões para influenciar apostas, ao cometer pênaltis no primeiro tempo dos jogos. A suspeita incide sobre jogos entre Vila Nova de Goiás x Sport do Recife, Criciúma x Tombense e Sampaio Corrêa x Londrina. Oito jogadores foram denunciad os: Romário, Joseph, Mateusinho, Gabriel Domingos, Allan Godói, André Queixo, Ygor Catatau e Paulo Sérgio. Eles teriam a incumbência de provocar pênaltis no primeiro tempo, o que só não ocorreu no Vila Nova x Sport.

Todos os jogadores envolvidos foram demitidos dos clubes, o que é o lógico que desejamos. A justiça seja feita, doa a quem doer!

O principal nome envolvido nessas partidas da Série B é o do volante Romário, que era do Vila Nova de Goiás, e foi demitido do clube. Ele teria recebido R$10 mil de sinal e aceitou “dentro” do esquema. Contudo, não foi relacionado para o jogo contra o Sport do Recife e tentou convencer outros companheiros a agirem de acordo com a fraude. Felizmente o Vila Nova descobriu o episódio, o jogo foi investigado pelo próprio presidente do clube, o policial Hugo Jorge Bravo. Além de rescindir o contrato de Romário, o time goiano também atuou como denunciante e apresentou as provas ao Ministério Público de Goiás. Desde então, as investigações se ampliaram, até atingirem as partidas da Série A.

Como jornalista, sempre acompanhamos os trabalhos do dia a dia esportivo. A CBF- Confederação Brasileira de Futebol, realiza um grande investimento no rastreamento e monitoramento de partidas, através da empresa Sport Radar, que atua também para competições da FIFA e a Conmebol.

As casas de apostas eletrônicas ainda não têm no Brasil a regulamentação que se faz necessária para enquadrar as operações dentro de parâmetros legais, para limitar a expansão dentro dos ambientes esportivos, seja com clubes e nas competições, e para gerar os necessários recursos através de impostos, que devem ser revertidos inclusive para as consequências adversas do jogo, como o vício. A regulamentação também seria importante para coibir esquemas fraudulentos e auxiliar num programa de monitoramento mais amplo contra manipulações de resultados. O torcedor quer ver gol, jogo limpo, jogadas bonitas, dribles sensaci onais e gritar muitas vezes é gol!