O Dia Mundial da Justiça Social ocorreu em 20 de fevereiro e lembra a importância de relações mais justas entre o indivíduo e a sociedade. Ainda estamos longe desses ideais de justiça em prol da paz social, principalmente quando constatamos que, segundo o IBGE, os 10% mais ricos ficaram com 43% da renda nacional em 2019. Enquanto conseguirmos manter a capacidade de nos indignarmos diante de tantas desigualdades haverá a esperança de dias melhores numa sociedade bem mais justa. Mas como é duro ver a realidade e não agir por impotência ou autismo social, tanta gente em situação de rua ou nos aglomerados das cidades grandes, médias ou mesmo pequenas. Tudo se agrava mais com a carestia, a fome, o contínuo avanço da pandemia…

Nesse sentido revisitei a música Gente Humilde, composta por Aníbal Augusto Sardinha, o Garoto, em 1945, que foi complementada por Vinícius de Moraes e Chico Buarque de Hollanda no final da década de 60 do século passado. Ela fez sucesso em 1970 ao ser lançada inicialmente pela cantora Ângela Maria em seu disco – LP – Ângela Maria de Todos os Temas, e em seguida pelo cantor Chico Buarque no disco Chico Buarque de Hollanda, vol. 4 . 

Naquele ano o Brasil tinha 95,5 milhões de habitantes e 3,3 milhões de desempregados. Hoje, pouco mais de 50 anos depois, a população é estimada em 212 milhões de habitantes, os desempregados se aproximam de 14 milhões e os desalentados chegam a 5,5 milhões. Enquanto isso, 60 milhões de pessoas aguardam um novo auxílio emergencial “permanente”, a bolsa capital.

Vale a pena conhecer ou ouvir de novo Gente Humilde nesse início de março de 2021.

https://www.youtube.com/watch?v=Hkaa-dhP7qw&feature=emb_logo