O tempo prossegue passando inexoravelmente, sem piedade e sem escapatória. Pensando nisso constatei que a virada do ano foi outro dia mesmo, porém já se passaram 40 dias de muitos acontecimentos no novo ano. Vou citar aqui algumas coisas que chamaram minha atenção nesse período, além de expectativas esperançosas e realistas que tenho para esse novo tempo que segue avançando.

De cara, foi marcante a posse do novo Presidente da República, democraticamente eleito, com todo o simbolismo trazido pelas pessoas que subiram com ele a rampa do Palácio do Planalto, em Brasília, no dia 1º de janeiro.

Depois, vieram os inaceitáveis atos terroristas perpetrados por golpistas contra a Democracia Constitucional Brasileira, com a invasão às sedes dos Três Poderes, também em Brasília, no dia 8 de janeiro. Os atos tem que ter consequências.

Continuando a olhar para o tempo que passa, vale lembrar que quem está com fome tem pressa, que uma meta prioritária é a de Fome Zero e que é preciso ter uma data para acontecer. Caso contrário, se tornará apenas um objetivo cheio de boas intensões. Por isso mesmo é que fico na expectativa de que já esteja sendo feito um potente plano de ação, contendo as medidas estratégicas, necessárias e suficientes para o atingimento dessa desafiadora meta.

Tratamento semelhante deve ser dado ao Desmatamento Zero e às condições de vida dos povos indígenas, a começar pelos Índios Yanomâmis que estão em degradantes condições de vidas e com suas terras invadidas pelos mineradores.

Por outro lado, em Belo Horizonte, e não só aqui, o momento é de pré-carnaval, oficialmente iniciado em 4 de fevereiro, para tudo se acabar no pós-carnaval, em 26 do mesmo mês.

Como o tempo não para enquanto escrevo, fico também com a certeza que logo chegaremos aos 100 dias do atual Governo Federal, em 10 de Abril. Isso já depois do Carnaval, Semana Santa e a Páscoa com seu significado de passagem, digamos, para os novos propósitos de melhorias das condições de vida.

Passado esse tempo, dá para imaginar que a equipe de Governo estará alinhada na frente ampla negociada segundo o principio de que a politica é a arte do diálogo e do possível, tudo em nome da governabilidade.

É claro, que o Presidente, líder e comunicador, fale apenas o necessário. A hora é de focar no trabalho com método e não já começar a falar em reeleição.

Tenho uma expectativa realista de que passados 100 dias tenham sido entregues à Nação o salário mínimo de R$ 1.320,00 ao lado da correção da tabela do Imposto de Renda na fonte com a isenção até ganhos mensais de R$5.000,00 – existe um balão de ensaio para que seja 2 salários mínimos.

Também espero pela retomada do programa Minha Casa Minha Vida, com a volta da faixa 1 para atender a quem mais precisa da moradia e tem a menor renda.

Para encerrar essa pequena amostra de expectativas e percepções, registro o fato de ter sido criado o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos. Porém, é preciso lembrar que o modelo de gestão só será implementado se o Presidente da República liderar o processo e cobrar de todas as instâncias governamentais a entrega de resultados com método. Esse deverá ser um caminho sem volta, pois gestão é o que todos precisam, embora nem todos ainda saibam que precisam.